Em um relatório de maio deste ano, o TCU (Tribunal de Contas da União) destacou “indícios contundentes” de nepotismo, identificando 221 casos de parentesco entre contratados da Poupex e membros das Forças Armadas.

O relatório foi divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo” .

O relatório do Tribunal de Contas da União concluiu que existem fortes indícios de que a relação laboral com o Exército, o MD (Ministério da Defesa) ou as demais Forças, ou o parentesco com membros do conselho de administração, da diretoria e com militares do Exército são fatores relevantes para conseguir emprego na Poupex.

A Poupex, quando procurada, negou irregularidades e afirmou que os funcionários citados foram contratados por meio de processos seletivos.

Além disso, argumentou que, como empresa privada, não pode ser acusada de nepotismo.

Na lista estão nomes como a esposa do general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), atual senador e ex-vice-presidente, a filha e uma sobrinha do general Villas Bôas, ex-comandante do Exército, além de outros parentes de generais.

O ex-comandante do Exército entre 2015 e 2019, o general Eduardo Villas Bôas, também tem parentes com cargos na Poupex.

Uma de suas filhas, Ticiana Haas Villas Bôas, foi contratada pela associação em 2017.

Na época, o general era comandante do Exército brasileiro.

A folha de pessoal da Poupex inclui ainda outros parentes de militares menos famosos.

Felipe e Paula Albuquerque de Mir são alguns dos nomes mencionados.