O líder da oposição à gestão do prefeito João Campos (PSB), o vereador Alcides Cardoso (PSDB) rebateu, nesta quinta-feira (31), a nota da Prefeitura do Recife que diz que o relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) que aponta graves irregularidades no processo licitação da obra do Hospital da Criança foi “vazado” para ele.

O parlamentar negou qualquer vazamento, já que o relatório da auditoria é público e pode ser facilmente acessado no sistema de processos do TCE. “Não há qualquer vazamento, simplesmente o processo é público e está divulgado no sistema de processos do TCE”, afirmou Alcides Cardoso.

Leia Também Em defesa do Hospital da Criança, Gestão João Campos questiona vazamento de relatório preliminar para vereador de oposição O vereador disse ainda que as graves irregularidades apontadas pela auditoria do TCE foram ignoradas pela gestão João Campos e que o processo licitação seguiu normalmente nessa quarta-feira (30). “Infelizmente, em total desacordo com os apontamentos da equipe técnica do TCE, a sessão inaugural da licitação ocorreu normalmente ontem”, completou.

O relator do caso na Corte de Contas é o conselheiro Marcos Loreto, que pode acatar ou não a sugestão dos técnicos e determinar a suspensão da licitação até que a Prefeitura do Recife esclareça as irregularidades identificadas.

Nessa quarta (30), o líder da oposição havia pedido que o processo fosse suspenso para evitar prejuízos aos cofres do município.

O parlamentar disse que vai seguir acompanhando o processo “para garantir o bom uso do dinheiro público e a entrega desse hospital aos recifenses”. “Diante das várias irregularidades apontadas por uma auditoria do TCE sobre o Hospital da Criança, não resta outra ação senão cobrar que a Prefeitura do Recife suspenda o processo de licitação da contratação da empresa para a construção do hospital”, publicou Alcides Cardoso nas redes sociais.

De acordo com os técnicos do TCE, existe uma série de graves irregularidades na licitação do Hospital da Criança além do sobrepreço no orçamento referencial.

E apontam a ausência de aprovações de projetos em órgãos competentes e possível parcelamento inadequado do objeto.