Sem citar o nome do deputado e pastor evangélico Júnior Tércio, nesta quarta-feira (23/08), o Vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) se pronunciou em defesa do Muvucão, realizado na Bomba do Hemetério, desde que maneira ordenada, e destacou que ainda há muito preconceito envolvido.
O deputado Tércio reclamou de festa na Bomba do Hemetério e protocolou na Alepe pedido de policiamento ostensivo. “O Muvucão é um movimento cultural que vem da vontade do povo.
Outras expressões quando surgiram também foram marginalizados, foi assim com o frevo, o manguebeat e o brega romântico. É nosso dever enquanto representante público chegar junto destas pessoas e construirmos políticas públicas que venham proteger aqueles que queiram se expressar sem atingir ou lesar o direito do outro”, afirma o Vereador.
Segundo Marco Aurélio Filho, os fazedores da cultura periférica já ficaram muito tempo invisibilizados. “Todo movimento é legítimo e merece ser respeitado.
Foi assim com o hip hop em Nova Iorque, com o funk no Rio de Janeiro e, infelizmente, ainda é com o movimento brega nas suas mais diversas variações. É proibido reprimir, mas é necessário ordenar eventos em logradouros públicos.
Entendemos que há uma diferença entre a Polícia estar presente para organizar e oferecer segurança ao cidadão no Muvucão, como já faz em outros eventos da Cidade, do simplesmente chegar e reprimir”. “Sou a favor do Muvucão e defendo qualquer forma de expressão, especialmente aquelas que surgem dos nossos jovens da periferia que na sua grande maioria encontram nesta música a oportunidade de conquistar e realizar seus sonhos. É necessário dizer que os grandes artistas do Movimento Brega, se não todos, em sua maioria, surgiram destes movimentos periféricos”.
Clarissa Tércio, Bolsonaro e Pastor Junior Tércio, em Brasília - Divulgação O vereador ressalta ainda que criminalizar o Muvucão é tirar oportunidades de muitos jovens. “Muitas famílias estão mudando suas vidas seja como artista, produtor, coreógrafo ou digital influencer. É necessário encarar esta realidade e foi por este motivo também que surgiu o projeto de lei da patrimonialização do Movimento Brega.
Defendemos que o poder público chegue junto, compreenda este importante cenário, profissionalize e capacite aqueles que fazem o Movimento Brega acontecer”. “É necessário buscar o equilíbrio e garantir o direito daqueles que desejam se expressar, bem como dos que estão sendo lesados por conta da forma desorganizada que a coisa acontece.
Estou à disposição para discutir e encontrarmos juntos a melhor alternativa, sabendo que não existe lado bom ou ruim quando se quer realmente fazer a diferença na vida das pessoas”.