Em assembleia realizada nesta quinta-feira (17) na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), os metroviários decidiram manter a greve por tempo indeterminado, mas rodando com 100% da frota nos horários de pico, a partir das 0h desta sexta-feira (18).

A decisão foi tomada depois da reunião do presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares; o diretor Administrativo, Paulo Campos; Manoel Messias, Fenametro-DF; Deputada Federal do Rio Grande do Sul, Fernanda Melchionna; tiveram com o Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo; o Secretário do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Márcio Cavalcanti; e a Secretária Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas Kelly Mafort.

O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, levou as decisões para Assembleia: Na pauta do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), o Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo, ficou de agendar uma reunião com ministra da Gestão de Lula, Esther Dweck, para tratar do ACT dos Metroviários de Pernambuco, bem como, reunião do presidente com a ministra da Gestão. “O secretário Márcio Cavalcanti nos garantiu que serão feitos estudos para a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND) e que, no período de um ano, ela não será privatizada.

Ele ainda se comprometeu em apresentar esses estudos até o dia 25/08 ao Presidente Lula e Ministro da Casa Civil Rui Costa, com empenho em defesa da retirada da CBTU e da Transurb do PND”, relatou Luiz Soares.

Caravana em Brasília É a primeira greve do governo Lula em execução.

Mais de 100 metroviários saíram em caravana do Recife na noite da última segunda-feira (14) para manifestar todo descontentamento com o governo federal, que prometeu retirar o nome da CBTU do PND, mas até o momento não o fez. “Durante a época de campanha, o presidente Lula se comprometeu com esta categoria para a retirada da CBTU do PND e por mais investimentos no Metrô do Recife.

Infelizmente, Lula segue o governo Bolsonaro e avança com essa ideia de entregar a CBTU nas mãos dos empresários.

Não iremos deixar”, afirmou Luiz Soares. “O Governo Lula foi eleito pelos trabalhadores e não pela classe empresarial que apoiou Bolsonaro.

Queremos um Metrô público, estatal federal e de qualidade para as pessoas.

Precisamos de investimentos no Metrô e só Governo Federal tem o aporte necessário para entregar as melhorias necessárias no sistema”, afirmou.

Além da não privatização, outra reivindicação da categoria é pela aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025 após a proposta indecente da CBTU de reajuste de apenas 3,45%, sem aplicação no Piso Salarial enquanto a categoria solicita 7% de reajuste.