Na próxima terça-feira (08), familiares, amigos, movimentos e organizações sociais estarão juntos no Ato Público Justiça para Jhones, às 14h, em frente a sede da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS/PE), no bairro da Boa Vista, em Recife/PE.

A agenda faz alusão ao marco temporal dos 03 anos da morte do adolescente Jhones Lucindo Ferreira, assassinado no dia 05 de agosto de 2020, durante uma abordagem policial, na comunidade de Rio das Velhas, bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes.

Na ocasião, também haverá uma reunião da mãe da vítima, advogados do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP) que acompanham o processo e representantes da Corregedoria Geral da SDS/PE com o intuito de obter respostas administrativas sobre o caso.

O encontro também servirá para cobrar a responsabilização do policial militar que proferiu os disparos.

Apesar do longo tempo de espera, ainda não houve resolução processual no âmbito administrativo, nem no jurídico.

Sem previsão para o julgamento do réu, a família aguarda uma audiência agendada para acontecer no dia 07 de novembro deste ano, na Comarca de Jaboatão dos Guararapes, na Vara do Tribunal do Júri.

Para dar visibilidade e fortalecer a luta por justiça para todas as vítimas da letalidade policial em Pernambuco, o ato contará com a presença de outras famílias que também tiveram parentes assassinados durante abordagens e operações policiais.

Além da responsabilização de todos os policiais envolvidos em casos de violência e mortes, essas famílias também reivindicam do Estado e da justiça que haja celeridade nos processos, retaguarda para a garantia das suas vidas e acesso à apoio psicossocial.

Relembre o caso Jhones Lucindo Ferreira, de 17 anos, foi morto por um policial militar na tarde do dia 5 de agosto de 2020, na comunidade de Rio das Velhas, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes/PE.

Ele trabalhava como soldador numa oficina mecânica e estava indo de carona na moto de um amigo buscar uma ferramenta na casa da avó para consertar a máquina de lavar de uma tia.

No caminho, levou um tiro na nuca, sem qualquer chance de defesa, durante uma abordagem de policiais militares do 6° Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

O crime foi presenciado por comerciantes e pessoas que circulavam pelo local.

A versão do policial que disparou, acusando Jhones de estar portando um simulacro de arma de fogo e ter colocado a vida dos agentes de segurança em risco, foi derrubada pelas investigações conduzidas pela 11ª Delegacia de Homicídios.