Mais um lance da guerra pelo comando do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), antes das eleições marcadas para o final do ano.
Depois de ter sido duramente criticado em uma nota da atual diretoria, o ex-presidente da entidade e candidato de oposição Áureo Cisneiros rebate as críticas do atual presidente, Rafael Cavalcanti, acusando-o de trair a categoria por interesses políticos. » Em nota, diretoria do Sinpol detona Áureo Cisneiros Áureo Cisneiros rebate o atual presidente do Sindicato dos Policiais Civis: “trair a categoria” A guerra se desenrolava nos bastidores e veio a público depois do post do blog intitulado Queda de braço no Sinpol pode atrapalhar o programa Juntos pela Segurança?
Na terça-feira, o Blog de Jamildo já havia revelado o clima de cabo de guerra pelo comando do sindicato dos policiais civis do Estado, na esteira das eleições vindouras e no mesmo dia que a governadora Raquel Lyra lançou o programa que planeja substituir o Pacto pela Vida, batizado de Juntos pela Segurança.
Na segunda, no mesmo dia do Juntos pela Segurança, aliados do grupo do presidente Rafael Cavalcanti se apressaram em afirmar que Cisneiros não poderia sair candidato a presidente da entidade, nas próximas eleições, porque estava afastado das funções do Estado, desde a gestão Paulo Câmara.
Leia Também Sindicato dos Policiais Penais envia nota de indignação sobre DECRETO DE RAQUEL; confira na íntegra Sindicato dos Policiais Civis diz que está atuando para revogação do decreto assinado por Raquel Lyra Sindicato dos Policiais Civis pede “mais diálogo” à nova gestão da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco “Vai ter eleição… ele (Cisneiros) diz que é candidato, mas precisa primeiro ser policial…
Ser reempossado, o que não foi.
Aí ele começa a fazer um movimento por conta própria e que pode inclusive prejudicar a negociação salarial da categoria”, contou um ex-diretor.
O sindicalista Rafael Cavalcanti sucedeu Cisneiros no comando do Sinpol por indicação do próprio Cisneiros.
Rafael havia sido vice dele.
Nesta quarta-feira, o policial civil e ex-presidente do Sinpol Áureo Cisneiros rebateu fala de aliados do atual presidente da entidade e disse que o estatuto da entidade lhe garante este direito, antes mesmo de ser reintegrado aos quadros da Polícia Civil do Estado, por determinação do STJ.
Cisneiros diz que ainda é diretor de comunicação do Sinpol e tem salário pago pela entidade.
Ele também fez duras críticas ao atual presidente, que rebateu por meio de nota. “A categoria sabe que o atual presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, chegou a sair candidato nas últimas eleições, pelo União Brasil, um dos partido que faz parte da base do governo Raquel Lyra”. “A eventual tentativa da governadora Raquel Lyra de querer interferir na eleição sindical vai causar efeito contrário, porque os policiais civis não querem um sindicato ligado ao governo”. » Queda de braço no Sinpol pode atrapalhar o programa Juntos pela Segurança? “Os policiais querem um sindicato independente, de luta”, afirmou o sindicalista, que lidera o movimento oposicionista Sinpol de Volta à Lula e a campanha Juntos pela Valorização dos Policiais Civis, pegando carona no novo Pacto pela Vida, em construção até o final do ano.
O caldo entornou a partir de uma situação inusitada gerada pelo embate, nesta quarta, quando a rede Globo local pautou uma reportagem sobre o lançamento do novo programa de segurança de Raquel Lyra.
Os dois sindicalistas foram convidados a gravar, mas Rafael teria se recusado, segundo Áureo Cisneiros.
O sindicalista chegou a aparecer numa chamada no meio da manha, para o telejornal da Globo, mas a edição final não trouxe nem um nem outro.
Nas redes sociais, Cisneiros gravou vídeo afirmando que Rafael Cavalcanti teria ligado para a emissora e dito que ele não poderia falar pelo sindicato.
A resposta oficial saiu ontem de noite.
Veja a nota enviada ao blog por Cisneiros, abaixo Meu querido Jamildo, é importante frisar que realmente o SINPOL está rachado. 70% dos diretores não estão mais com Rafael.
A decepção tomou conta do sindicato e estamos transformando a decepção em motivação para lutar.
Como é de conhecimentos de todos, não é de hoje minha luta sindical.
Lutei até para entrar na polícia civil, em 2003, enquanto concursado.
Em 2016 liderei um dos movimentos mais importantes da categoria que culminou no maior aumento salarial da história.
E daí em diante expandi a luta sindical para sociedade defendendo mais segurança pública, exigindo abertura do concurso público e a nomeação dos que passaram no último concurso.
Leia Também “Situação de guerra”, diz Sindicato dos Policiais Civis sobre aumento da violência em Pernambuco Apesar de decisão do TJPE, Sindicato dos Policiais Civis diz que quase 100% da categoria paralisou atividades Polícia investiga agressão cometida por ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis contra jovem no Recife Sempre denunciando a dura realidade dos policiais civis que são trabalhadores e têm direitos.
Por minha categoria enfrentei o pior governador da história de Pernambuco que deixou, de fato, uma herança maldita para todos nós.
Fui perseguido por ele e injustamente punido (em 18 processos) por exercer atividade sindical, mas hoje, apesar da burocracia e demais trâmites jurídicos, estou voltando agraciado por Deus e pela decisão de reintegração do STJ.
Sou diretor de comunicação do SINPOL sim, eleito pela categoria!
Estou todos os dias no sindicato, estou diariamente visitando delegacias, diferente do atual presidente que atrasou propositalmente a campanha salarial em 7 meses, evitando cobranças ao governo e tem uma notória relação político-partidária com setores do governo.
Hoje os policiais civis estão no fim da fila da mesa de negociação salarial com o governo não é por minha causa.
As negociações deveriam ter iniciado em fevereiro.
E só começaram agora por pressão nossa (do Movimento SINPOL de Volta para Luta) que estamos mobilizando policiais civis e cobrando. É nosso dever.
Não é justo os policiais civis de Pernambuco receberem o menor salário da categoria no Brasil.
Acredito que meu maior erro não é lutar pela minha categoria.
Meu maior erro não foi ter sido filiado a partido, até porque fiz grandes amizades, mas não estou mais filiado.
Aliás, não faço e não farei parte de mais nenhum. É triste ver uma pessoa que indiquei para me suceder trair a categoria.
Meu maior erro?
A vida vai mostrar.
Minha luta política é sindical. É a defesa da minha categoria e de uma política pública de segurança que promova cidadania e paz social em nosso estado. » Na contramão do Agreste de Pernambuco, Caruaru consegue reduzir violência Os policiais civis devem se manter mobilizados.
Nunca foi fácil o aumento salarial.
Ele sempre foi conquistado!
Portanto, nós, do Movimento SINPOL de Volta para Luta, com ou sem Rafael (X9), iremos lutar até o fim pelo aumento salarial e valorização da categoria.
Forte abraço e firme na luta!
Veja essa vídeo com conteúdo relacionado ao Sindicato dos Policiais: