O policial civil e ex-presidente do Sinpol Áureo Cisneiros rebateu fala de aliados do atual presidente da entidade, Rafael Cavalcanti, dando conta de que ele não poderia sair candidato a presidente da entidade, nas próximas eleições. “Vai ter eleição… ele (Cisneiros) diz que é candidato, mas precisa primeiro ser policial…

Ser reempossado, o que não foi.

Aí ele começa a fazer um movimento por conta própria e que pode inclusive prejudicar a negociação salarial da categoria”, diz um aliado de Rafael, que sucedeu Cisneiros no Sinpol por indicação sua.

Cisneiros disse que o estatuto da entidade lhe garante este direito, antes mesmo de ser reintegrado aos quadros da Polícia Civil do Estado, por determinação do STJ.

Atualmente, ele ocupa o cargo de diretor de comunicação, com salário pago pela entidade.

A queda de braço gerou uma situação inusitada nesta quarta, quando a rede Globo local pautou uma reportagem sobre o lançamento do novo programa de segurança.

Os dois sindicalistas foram convidados a gravar, mas Rafael teria se recusado.

Cisneiros chegou a aparecer numa chamada no meio da manha, mas a edição final não trouxe nem um nem outro.

Nas redes sociais, Cisneiros gravou vídeo dizendo que Rafael teria ligado para a emissora e dito que ele não poderia falar pelo sindicato.

Queda de braço no Sinpol pode atrapalhar o programa Juntos pela Segurança? “A eventual tentativa da governadora Raquel Lyra de querer interferir na eleição sindical vai causar efeito contrário, porque os policiais civis não querem um sindicato ligado ao governo.

Os policiais querem um sindicato independente, de luta”, afirmou o sindicalista, que lidera o movimento oposicionista Sinpol de Volta à Lula e a campanha Juntos pela Valorização dos Policiais Civis, pegando carona no novo Pacto pela Vida, em construção até o final do ano. “A categoria sabe que o atual presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, chegou a sair candidato nas últimas eleições, pelo União Brasil, um dos partido que faz parte da base do governo Raquel Lyra”.