A unificação da administração dos Portos de Suape e Recife foi defendida pelo Sindicato dos Operadores Portuários de Pernambuco (Sindope) como alternativa para a eliminação de entraves históricos que limitam a dinamização das operações e a competitividade dos ancoradouros nos cenários nacional e internacional. “Estamos pleiteando junto ao Governo do Estado a criação do ‘Sistema Portuário Pernambucano’ englobando não só Suape e Recife, mas também Petrolina e Fernando de Noronha, a fim de que seja estabelecida uma política portuária com diretrizes adequadas à vocação de cada ancoradouro”, afirmou o presidente do Sindope, Roberto Miranda, na manhã desta quinta-feira (27), durante o I Encontro Sobre Riscos, Responsabilidades e Seguros no Setor Portuário, realizado no auditório de Suape.
Miranda afirma que uma gestão centralizada possibilita a otimização da aplicação dos recursos, permitindo a unificação de licitações, melhor planejamento e coordenação das ações visando ganhos de produtividade e redução de custos. “Dessa forma, os portos terão melhores condições de cumprir suas funções como instrumentos de apoio ao desenvolvimento econômico e social do Estado”, argumenta.
Outros benefícios apontados por ele são a possibilidade de compartilhamento de equipamentos, tecnologias e estrutura de suporte. “A combinação dos portos também favorece a atração de investimentos. o que beneficia as comunidades locais e estimula o crescimento econômico”, destaca.
A respeito do Encontro Sobre Riscos, Responsabilidades e Seguros no Setor Portuário, Miranda destacou a importância para o setor da compreensão clara da gama de riscos que cada ator enfrenta e que haja conhecimento suficiente da dinâmica do mercado a fim de se reduzir ao máximo a ocorrência de incidentes e garantir a proteção de trabalhadores, do meio ambiente e dos investimentos realizados”.
O presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários – Fenop, Sérgio Aquino, que também participou do evento, ressaltou que a cobertura securitária é fundamental para o setor. “De acordo com a legislação, os operadores portuários são os responsáveis pela operação como o um todo, portanto, necessitam contar com uma cobertura adequada a cada situação”.
Ele destaca ainda a importância de que os tomadores de serviços, como importadores e exportadores, estejam informados sobre o que prevê a legislação a fim de que, ao selecionar uma operadora portuária, possa analisar quais são as garantias que essa empresa tem para um eventual risco.
O I Encontro Sobre Riscos, Responsabilidades e Seguros no Setor Portuário reuniu, na manhã desta quinta-feira, especialistas nas áreas de direito, logística e transporte marítimo, operações portuárias e contratação de seguros que apresentaram um panorama dos riscos e responsabilidades aos quais os agentes que atuam no setor estão sujeitos.