O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) deu duas demonstrações de que sua prioridade é o jurisdicionado, a população que precisa do Judiciário.

Na quinta-feira passada, decidiu que não iria alterar os horários de atendimento em função da Copa do Mundo feminina de futebol, como haviam feito Raquel Lyra e João Campos.

Mexer nos horários significaria deixar de realizar ou adiar a realização de audiências, sessões e outras atividades dirigidas à população de Pernambuco.

O Sindicato dos Servidores do Judiciário Estadual (Sindjud) chegou a oficializar pedido para que houvesse ponto facultativo nos jogos do Brasil, mas o TJPE negou.

A ordem da presidência do TJPE é atender a população, cujas demandas estão ainda mais represadas por causa dos dois anos de pandemia. “Não há na atitude da Presidência nenhum desprezo ou menosprezo de gênero, mas simplesmente a constatação de que, diferentemente do que ocorre com os jogos da Seleção Masculina na Copa do Mundo, não existe ainda uma demanda populacional que possa justificar mudanças nos horários do Tribunal”, informou o TJPE em seu site.

Também na última quinta-feira, a juíza Karla Fabíola Dantas indeferiu pedido da Associação dos Servidores do Poder Judiciário.

A entidade queria que os servidores e seus familiares utilizassem as dependências do Fórum de Garanhuns como ponto de apoio durante os shows do Festival de Inverno de Garanhuns.

A associação chegou a solicitar até os serviços dos funcionários terceirizados do Fórum para servir comidas e bebidas a quem fosse assistir aos shows.

Tal pedido demandaria a presença de policiais e outros funcionários terceirizados, que teriam que cuidar da organização, segurança e limpeza, por exemplo. É se perguntar: policiais e terceirizados não podem curtir o Festival de Inverno, como os servidores efetivos do TJPE?

Diante de tudo isso, a juíza negou o pedido e argumentou que o pleito não se coaduna com a natureza de prestação jurisdicional ao qual o Fórum é dirigido.

Belo exemplo.