O vereador Rinaldo Junior, líder do PSB na Câmara Municipal do Recife, famoso pelo jargão “Gol de Placa”, revelou que articulou nos bastidores e conseguiu uma “Virada no Placar” ao derrotar o Projeto de Lei (PLO 206/2020) do vereador Fred Ferreira, sobre proibição de linguagem neutra na capital pernambucana.
Os conservadores obtiveram vitória na primeira votação, na semana passada, masagora, graças à articulação da situação, amargou derrota na segunda votação, que ocorreu durante Sessão Ordinária na Câmara Municipal do Recife, nesta segunda.
Na primeira votação, na semana passada, foram 15 votos a favor, 13 contra e 03 abstenções.
Na segunda votação, o placar foi 13 votos a favor e 20 votos contra o projeto, derrotando o PLO de Fred Ferreira, com 01 voto de abstenção.
Rinaldo comemora um “Gol de Placa de virada”. “Essa é uma vitória da sociedade contra o radicalismo.
Nossa sociedade é plural e não aceita a imposição dessas pautas de costumes, que atentam contra a liberdade.
Esse Projeto de Lei é inconstitucional e, inclusive, foi posto em votação sem o parecer da Comissão de Legislação e Justiça”, afirmou Rinaldo.
PL que PROÍBE LINGUAGEM NEUTRA é REJEITADO por VEREADORES DO RECIFE: Samuel Salazar afirma que o projeto é completamente inconstitucional “Eu sou contra a linguagem neutra, mas não estou aqui para fazer média com ninguém.
Eu estou aqui para aprovar leis escritas corretamente”.
Foi com essas palavras que o vereador Samuel Salazar (MDB) manifestou sua posição acerca da discussão da linguagem neutra, por meio de suas redes sociais.
O projeto foi rejeitado em segunda votação na Câmara dos Vereadores do Recife nesta segunda-feira (29), recebendo 20 votos contrários, 13 votos favoráveis e uma abstenção.
Salazar expressou sua oposição ao projeto de lei em discussão alegando o projeto está totalmente equivocado em sua redação. “Essa proibição vai além do necessário.
Imagine um aluno no recreio querendo brincar com outro, não pode mais falar, ou até mesmo em apresentações teatrais, a liberdade de expressão fica limitada.
Isso não pode!
Não podemos criar uma espécie de lei da mordaça.” O vereador argumentou que o projeto apresentava inconstitucionalidades, além da ausência de especificações claras sobre a proibição de ensinar ou utilizar a linguagem neutra. “Não consta no projeto a seguinte redação por exemplo: “Fica proibido ensinar a linguagem neutra ou fica proibido lecionar a linguagem neutra.
Isso não está previsto no projeto.
Eu mostrei isso. É uma inconstitucionalidade a redação do projeto.” pontuou.
Durante o vídeo em sua rede social, Salazar revelou que alguns colegas concordaram com sua posição, mas optaram em aprovar o projeto mesmo cientes que a redação estava completamente errada.
Como advogado devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Samuel criticou veementemente o fato de o projeto ter chegado ao plenário sem passar pela comissão de Legislação e Justiça. “Esse projeto foi ao plenário sem ter passado pelo filtro adequado.
Se tivesse sido analisado pela comissão, certamente receberia um parecer pela inconstitucionalidade.
Essa é uma falha grave no projeto”.