O ex-deputado Diogo Moraes, do PSB, reassume o mandato na próxima segunda-feira, em uma cerimônia no gabinete da Presidência da Alepe.
Na tarde do mesmo dia, Moraes já participa da primeira sessão no Plenário da Casa Legislativa, depois de ter ficado de fora da atual legislatura por 70 votos - ele ficou como primeiro suplente do PSB e assume o cargo em definitivo com a ida de Rodrigo Novas para o TCE.
Já se escreveu aquo que a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Rodrigo Novaes, evidenciou ainda mais a força que o atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado estadual Álvaro Porto (PSDB), tem exercido na política pernambucana desde que assumiu o comando do Legislativo.
Publicamente e nos bastidores, lideranças políticas comentam que a articulação de Álvaro foi essencial para garantir a vitória de Rodrigo, que obteve 30 votos dos colegas.
Mas outra análise tem sido comentada nos bastidores: o poder de articulação do suplente Diogo Moraes (PSB).
Atual Superintendente Parlamentar na Assembleia Legislativa, Diogo caiu em campo para garantir a indicação de Rodrigo Novaes para a vaga do TCE.
Como primeiro suplente, o deputado foi beneficiado com a escolha de Rodrigo e vai assumir, em definitivo, uma das 49 cadeiras do Legislativo estadual.
Recentemente, Diogo enfrentou na Justiça Eleitoral um embate com o deputado estadual Lula Cabral (SD), que concorreu subjudice, mas obteve no Tribunal Superior Eleitoral a elegibilidade, retirando a vaga até então ocupada por Moraes.
O que se comenta, nos bastidores, é que o fato de Diogo ser o primeiro suplente ajudou a conduzir Rodrigo ao cargo do Tribunal de Contas.
Por ser muito querido e circular bem entre os deputados, Diogo conquistou votos para garantir sua volta ao Legislativo estadual.
Caso a vitória tivesse sido de Joaquim Lyra (PV), quem iria assumir a vaga seria Odacy Amorim, filiado ao PT, que atualmente integra a bancada de oposição à governadora Raquel Lyra. “O poder de influência de Álvaro e Diogo foi essencial para garantir a vitória de Rodrigo Novaes, já que alguns parlamentares tinham objeções ao seu nome.
No tempo em que ele foi secretário de Turismo, deixou de atender muitos parlamentares, o que gerou insatisfação da classe política.
Então, seu nome por si só não passava, se não houvesse esse empenho de Álvaro e Diogo”, afirma uma fonte do Blog, em reserva.
Além da articulação dentro da própria Alepe, o prefeito do Recife, João Campos, também entrou no circuito na reta final das articulações para garantir a votação da bancada do PSB.
Rodrigo Novaes, inclusive, fez questão de visitar João Campos na Prefeitura após a votação para agradecer o apoio.
Agora vamos ver como fica a divisão de cargos para o novo gabinete, sempre uma dor de cabeça entre os parlamentares.