Depois de inverter a pauta, a Câmara do Recife votou e aprovo nesta terça o projeto de lei do vereador Fred Ferreira que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas da rede municipal da Capital pernambucana.

Há manifestações nas galerias e vereadores da esquerda foram objeto de ataques.

Houve protesto desse pessoal contra a fala de Ivan Moraes, do PSOL, com xingamentos.

Foram 15 votos sim e 13 votos não e 3 abstenções, com uma ausência justificada, do vereador Marco Aurélio Filho.

Na outra galeria, havia representantes do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere).

O clima quente, mas na mesma galeria havia gente a favor, batendo boca.

O pessoal do Simpere dizendo para fazer o L para provocar o outro lado, que é a favor do PL de Fred Ferreira.

O líder do Governo, vereador Samuel Salazar (MDB), disse que é contra o uso da linguagem neutra, mas ressaltou que o projeto de lei de Fred Ferreira tem problemas na sua formulação do ponto de vista jurídico.

Disse que não falava pelo governo quando diz que é contra o “todes”.

O vereador Ivan Moraes (PSOL) foi na canela de Fred Ferreira ao apontar erros de concordância verbal na fala do parlamentar bolsonarista.

Segundo Ferreira, a iniciativa “visa barrar propostas alteração forçada da nossa gramática, sob o falso argumento de democratização da linguagem”.

Em sua justificativa do projeto, Fred Ferreira diz que a utilização de linguagem neutra é condenada por vários estudiosos, como a Presidente da Academia Argentina de Letras, Alicia Zorrilla. “Em junho passado, a Argentina proibiu o uso desse tipo de flexão da língua, após um amplo debate”. “Não tem sentido essa alteração.

A Língua Portuguesa é perfeita e ampla.

Só não é democrática para quem pretende utilizá-la para militância ideológica e agenda política, modificando a realidade para moldá­-la a seus propósitos escusos”, disse o vereador. “O projeto impede que esses militantes, em nome de uma suposta tentativa de incluir grupos marginalizados, segregue outros, como autistas e dislexos, por inibir o processo de entendimento gráfico, estabelecido pelo Decreto Federal nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, que promulgou o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”. “Esses grupos perderão eficiência em seu aprendizado, dada a incompatibilidade de pronunciar algarismo sem qualquer padronização fonética, pois algumas palavras seriam terminadas em “e”, “x” e até “@”.” Como a segunda discussão vai ser na próxima semana, o placar pode ser revertido.

Há pressão nos vereadores da base do governo que votaram sim e que se absteram.

Para livrar João Campos de ter que vetar a lei.

PL que PROÍBE LINGUAGEM NEUTRA é REJEITADO por VEREADORES DO RECIFE: Veja voto dos vereadores Alcides Cardoso (PSDB) - SimAline Mariano (PP) - Abstenção Ana Lúcia (Republicanos) - SimCida Pedrosa (PCdoB) - Não Davi Muniz (PSB) - SimDoduel Varela (PP) - SimEbinho Florêncio (Podemos) - Abstenção Eriberto Rafael (PP) - Não Felipe Alecrim (PSC) - SimFelipe Francismar (PSB) - Não Fred Ferreira (PSC) - SimGilberto Alves (Republicanos) - Abstenção Hélio Guabiraba (PSB) - Não Ivan Moraes (PSOL) - Não Jairo Britto (PT) - Não Júnior Bocão (Cidadania) - Não Liana Cirne (PT) - Não Luiz Eustáquio (PSB) - SimMarcos Di Bria Jr.(PSB) - SimMichele Collins (PP) - SimOsmar Ricardo (PT) - Não Paulo Muniz (Solidariedade) - SimPretas Juntas (PSOL) - NãoProfessor Mirinho (Solidariedade) - SimRinaldo Júnior (PSB) - NãoRonaldo Lopes (PSC) - Sim Samuel Salazar (MDB) - Não Tadeu Calheiros (Podemos) - SimVictor André Gomes (União Brasil) - SimZé Neto (PROS) - Não Wilton Brito (PSB) - Sim O presidente da Câmara, vereador Romerinho Jatobá (PSB), não votou porque a matéria é de maioria simples.