O líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Alcides Cardoso (PSDB), anunciou a apresentação de um pedido de informação à gestão do prefeito João Campos (PSB) para que seja esclarecido o gasto de quase R$ 1 milhão com a contratação de bufê do tipo premium durante o Carnaval deste ano.

No pedido endereçado à Fundação de Cultura do Recife, o parlamentar questiona, por exemplo, quais foram os dias e locais dos eventos, quem foi convidado e quais alimentos e bebidas foram servidos no bufê, que custou R$ 872 mil aos cofres públicos do município. “O valor é bastante significativo e foi gasto dentro de um contexto em que o Recife desponta, infelizmente, como a capital mais desigual do Brasil.

Se aumentarmos o recorte para a região metropolitana, o Grande Recife é onde os pobres são mais pobres.

O questionamento do dinheiro público gasto com o bufê de luxo se torna ainda mais importante porque se soma à revelação dos cachês enormes pagos pela gestão João Campos para a apresentação de três artistas no Carnaval, que totalizaram mais de um R$ 1,5 milhão, conforme divulgado pelo Blog de Jamildo”, disse.

Alcides Cardoso também solicitou informações sobre a contratação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Na contratação do bufê sofisticado, o vereador aponta que foram servidas as opções “A”, com 2.490 unidades no valor de R$ 548 mil, e “B”, com 2.410 unidades no valor de R$ 255 mil, além de um “coquetel volante”, com o custo de R$ 70 mil e 513 unidades.

No pedido de informação, o líder da oposição cobra a apresentação da nota fiscal da empresa contratada, constando a especificação das despesas, a lista de eventos onde foi servido o bufê, detalhando o local, data, tempo de duração e perfil dos convidados.

O tucano ainda solicita fotografias dos eventos em que foi servido o bufê do tipo premium com a apresentação das respectivas mesas.

Além dos R$ 872 mil gastos com contratação de bufê premium, Alcides Cardoso informa que a gestão João Campos também contratou um coffee break, no valor de R$ 9 mil, almoço self service, no valor de R$ 227 mil, “almoço marmita”, com o custo de R$ 210 mil, e lanche, no valor de R$ 434 mil.

O valor total gasto foi de R$ 1,7 milhão.

As ações do vereador da oposição fazem parte da nova iniciativa de fiscalização do mandato, a “Calculadora do Recife”, que buscará reforçar o monitoramento dos gastos da prefeitura, cobrando respostas e a boa gestão dos recursos públicos.