O arcabouço fiscal não tem só críticas do grupo de oposição ao governo Lula (PT).
Deputados de partidos da base governista também acham que o projeto precisa de adaptações, antes do texto ser colocado para apreciação dos parlamentares.
Em entrevista ao jornalista Berg Santos, no programa Além da Notícia, da Rádio Jornal Caruaru, o deputado federal, Túlio Gadelha (Rede/PE), disse que estão sendo feito esforço para que a matéria seja debatida com mais profundidade. “O nosso partido especificamente e o Psol, pois somos federados, temos muitas críticas com relação ao projeto que chegou do ministro Fernando Hadadd, apesar de sermos base do governo nós queremos propor algumas alterações no projeto que chegou.
A gente fez até um levantamento, um estudo mais profundo sobre esse arcabouço fiscal. […] Por exemplo, o contingenciamento obrigatório dos gastos", afirmou “… O segundo ponto muito claro é o piso da enfermagem, ele tá dentro desse limite de gatos.
Para que a gente tenha aumento real do salário do enfermeiro, o piso não pode está dentro desse projeto de arcabouço fiscal. […] Por fim a proibição de novos concursos e veto ao aumento real acima da inflação sobre o salário do funcionalismo público” destacou.
O deputado cobrou investimentos sociais para a população mais carente. “Que a gente tenha investimentos na área social.
Que sejam correspondentes aquilo que o próprio defendeu na campanha.
Ampliação do programa Minha Casa Minha Vida, aumento real do salário mínimo anualmente, aumento salarial do funcionalismo público também, é uma outra preocupação que nós temos.
Esses são alguns pontos que nós esperamos rever junto ao governo para que nos próximos anos a gente tenha um regime de arcabouço fiscal sustentável, mas que também consiga levar políticas públicas para população mais carente do nosso país”, relatou.
Túlio Gadelha disse durante a entrevista que não acredita que o texto deve ser votado nesta semana na câmara federal por conta do governo Lula ainda estar tentando uma base mais sólida dentro do Congresso.