Fechado desde 2022, na gestão de Paulo Câmara (sem partido), o Cinema São Luiz está nas prioridades da atual gestão de Raquel Lyra (PSDB).
O Governo do Estado fez uma contratação emergencial, via dispensa de licitação, para resolver um dos maiores problemas do tradicional espaço.
O objeto da dispensa é “contratação de empresa de engenharia para execução de serviços emergenciais no sistema de esgotamento de águas pluviais do Cinema São Luiz”.
A dispensa está sendo conduzida pela FUNDARPE.
As empresas interessadas terão que apresentar propostas até 19 de maio.
POLÊMICAS COM CINEASTA Em março de 2023, o Governo de Pernambuco se manifestou sobre a denúncia feita pelo cineasta Kleber Mendonça Filho, a respeito da situação do histórico Cinema São Luiz, localizado no centro do Recife e fechado desde 2022.
Em carta aberta publicada nas redes sociais, Kleber cobrou das autoridades explicações sobre a demissão de antigos funcionários do cinema e questionou quais os planos da nova gestão para o equipamento e quando ele será reaberto.
No manifesto, Kleber citou a governadora Raquel Lyra, o secretário de Cultura Silvério Pessoa, a presidente da Fundarpe, Renata Borba, e outras autoridades.
Em nota, na época, a Fundarpe afirma que o São Luiz foi fechado em julho de 2022, na gestão Paulo Câmara, para implantação de novo sistema de refrigeração e correção de problemas de vazamento e nas instalações elétricas.
Porém, devido às chuvas de fevereiro, o cinema precisou ser totalmente interditado por questões de segurança.
Segundo a fundação, “houve vazamento generalizado no sistema de captação de chuva do telhado do equipamento cultural, acarretando um transbordamento de calhas e colapso no sistema de esgotamento de águas pluviais, com consequente comprometimento de pontos da fixação do forro em gesso ornamentado, que agravaram o risco de desprendimento de partes dessas peças”.
A Fundação disse que está elaborando projeto de reestruturação que vai permitir, após processo licitatório para execução das obras, o redimensionamento das tubulações do sistema de esgotamento de águas pluviais (tubulações e calhas, rufos e cumeeiras) e reforço do sistema de fixação do forro em gesso.
Somente após isso será possível reabrir o cinema, diz a fundação.
Sobre os funcionários demitidos, o governo Raquel Lyra diz que eles foram dispensados pela falta de planejamento do governo do PSB para o equipamento. “A Fundarpe ressalta reconhece a importância dos prestadores de serviços terceirizados para o equipamento, mas informa que, justamente devido à necessidade de realização de obras estruturais no local e à inadequação do orçamento planejado pelo governo anterior, aqueles que desempenhavam funções inerentes à operação do cinema precisaram ser desligados”.