Apesar do atual “desenho” da disputa das duas vagas do TCE parecer “perfeito e acabado”, para “quem olha de longe”, nos bastidores, deputados consideram que a situação está longe de ser resolvida.
Na primeira vaga, de Teresa Duere, a governadora indicou a deputada estadual Débora Almeida, do seu partido, o PSDB.
Existem pelo menos dez “pré-candidatos” à vaga, entre deputados estauduais, ex-deputados estaduais e até um deputado federal.
Nenhum retirou o time de campo oficialmente após Débora Almeida anunciar, na Assembleia, ser “a candidata da governadora”.
Leia Também EXCLUSIVO: Raquel Lyra recuou de decisão de indicar prima Bianca Teixeira para TCE.
Escolheu deputada tucana EXCLUSIVO: Assembleia votará resolução e escolherá dois novos conselheiros do TCE por votação secreta Na segunda vaga, de Carlos Porto, até agora parece ser consenso indicar o filho do conselheiro, advogado Eduardo Porto, também sobrinho do presidente da Assembleia, Álvaro Porto.
Até agora ninguém se atreveu a disputar essa vaga.
Com um sobrinho podendo virar conselheiro, observam deputados nos bastidores, o natural seria o presidente da Casa, Álvaro Porto, fechar uma “chapa” para as duas vagas, elegendo Débora Almeida e o sobrinho.
No entanto, acordos anteriores, para viabilizar a eleição de Álvaro para presidente da Assembleia dificultam a questão.
O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSB) era o candidato de Álvaro Porto até a semana passada, informam os parlamentares.
Rodrigo Novaes foi fundamental para a eleição de Álvaro Porto, ajudando logo depois da eleição do ano passado a costurar apoios.
A gratidão existe porque o PSB havia eleito a maior bancada e Novaes aproximou o tucano do PSB.
Raquel Lyra estava de luto e quando voltou às atividades foi atropelada pelo consenso formado.
Segundo um deputado sob reserva, o apoio foi “costurado” com a eleição de Álvaro para presidente.
No meio deste cenário, Álvaro ainda protocolou uma nova resolução para deixar claro que a votação será “secreta”.
Ou seja, os deputados poderão trair a vontade, na urna, os acordos feitos.
A relação entre a governadora Raquel Lyra e o deputado Álvaro Porto nunca foi de “mil maravilhas”, anotam fontes nos bastidores. É consenso que Raquel preferia o deputado Antônio Moraes (PP) como presidente da Assembleia. Álvaro se elegeu por articulação própria, independente da vontade de Raquel.
Daí Álvaro articulou até com a atual oposição, do PSB de Rrodrigo Novaes.
Depois, sua candidatura se tornou imbatível “por gravidade” e foi candidato único.