Acusada pela oposição de estar montada em um governo travado, após três meses de gestão da máquina pública, a governadora Raquel Lyra não vai usar os primeiros repasses de Lula para a adutora do Agreste apenas como sinal de boa relação com o governo Federal, em comparação com a gestão passada.

Os valores vão ajudar ainda a acelerar a obra de maneira expressiva.

A Compesa informou que, com estas ações, existe a previsão de reforço no abastecimento da cidade de Caruaru até o início de 2024.

Sopa no mel, uma vez que a obra será concluída em 2025 e a tucana buscará a reeleição em 2026. “O novo repasse de recursos federais está permitindo à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), executora da obra, a retomada do planejamento de novas ações, que envolve a abertura de novas licitações para a construção da Estação de Tratamento de Água e o complemento dos trechos da Adutora entre Caruaru e Gravatá; Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe; Belo Jardim e São Bento do Una e Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus”, informou o Estado.

Leia Também Raquel Lyra arranca mais dinheiro de Lula para adutora do Agreste do que Paulo Câmara recebeu, em 2021 e 2022 Guerra de narrativas já instalada Os aliados de Raquel Lyra já estão batendo na tecla de que os valores apontam para a capacidade de diálogo da nova gestão junto aos demais entes federativos.

De fato, o valor repassado pelo governo federal no último dia seis para o governo Raquel Lyra é maior que a soma de todos os recursos repassados em 2021 e 2022 juntos (R$ 40,83 milhões).

Nesta quinta-feira, os socialistas já comentavam que a tucana teve a sorte de contar com um presidente republicano, como Lula, enquanto o PSB teve a oposição de Dilma, Temer e depois Bolsonaro. “Sempre disse: Pernambuco com Lula é diferente de Pernambuco com Bolsonaro.

Por isso, a “neutralidade” (de Raquel Lyra, nas eleições) era uma posição inaceitável, inconsequente”, afirma ao Blog, Waldemar Borges, deputado estadual pelo PSB.

Agradecimento a Lula O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, disse que os recursos repassados representam um novo momento de pactuação entre os governos federal e estadual. “Nessa semana estamos comemorando a chegada dos primeiros recursos no atual governo destinado à conclusão das obras da Adutora do Agreste.

Temos a oportunidade e compromisso do governo federal de que não faltarão recursos para concluir a obra no espaço de tempo mínimo possível”, destacou.

Esforço de Raquel Lyra em Brasília Estão na conta do Estado de Pernambuco R$ 50 milhões transferidos no último dia seis de abril pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a aceleração das obras da primeira etapa da Adutora do Agreste, que beneficiarão 23 municípios do interior de Pernambuco.

Segundo o Estado, os recursos foram obtidos após agendas da governadora Raquel Lyra em Brasília e nesse primeiro trimestre de governo possibilitarão retomar o ritmo da obra, que tem conclusão prevista para 2025, quando todas as adutoras estarão implantadas, a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Agreste concluída, viabilizando o transporte de um volume de 2 m³ por segundo.

Aceleração da obra De acordo com a governadora Raquel Lyra, o recurso depositado garantirá a aceleração das obras nesse primeiro semestre, mas a busca de mais recursos continuará no foco. “A gente sabe a importância que uma obra como a Adutora do Agreste tem para melhorar o acesso à água no interior e essa é uma meta prioritária do nosso governo.

Estamos determinados a concluir a primeira etapa da Adutora e esse recurso que destravamos em Brasília já é uma amostra de muito trabalho e diálogo que vai se transformar em melhoria de vida para a nossa população”, explicou.

Do valor inicialmente conveniado com o governo federal, restam a ser repassados ao Estado de Pernambuco cerca de R$ 35 milhões, mas com a atualização monetária dos valores do projeto, ainda de 2011, estima-se que a primeira etapa demandará mais R$ 400 milhões.

A execução física da obra alcançou 78%, já tendo sido implantados 696 dos 787 km previstos de tubulações.

Atualmente, a principal obra em execução é a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB), localizada em Arcoverde.