Por Rodrigo Ambrosio, líder Livres, em artigo enviado ao blog de Jamildo É evidente que o varejo brasileiro tem enfrentado uma forte concorrência de empresas chinesas, como a Shopee, Aliexpress e Shein, pois essas empresas operam no país sem ter que seguir as mesmas regras e regulamentações que os varejistas locais, o que tem gerado preocupação no setor.

Uma das principais reclamações do lobby nacional é sobre a falta de impostos e tributos, que facilitam a entrada de produtos importados no país.

O governo Bolsonaro iniciou um discurso contra o mercado chinês, através de Paulo Guedes, mas foi o governo Lula quem cedeu, iniciando uma verdadeira operação de guerra contra aqueles que importam produtos da China.

No entanto, essa medida pode ser um verdadeiro tiro no pé para o varejo nacional.

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A tributação sobre os produtos chineses no Brasil pode levar as empresas chinesas a aumentarem os preços dos produtos importados, o que pode prejudicar sua competitividade no mercado brasileiro.

E se as empresas chinesas diminuírem ainda mais os preços dos produtos, para compensar a tributação brasileira?

Se as empresas chinesas, como a Shopee, Aliexpress e Shein, optarem por diminuir ainda mais os preços dos produtos para compensar a tributação brasileira, isso poderá criar uma sensação de segurança para os consumidores.

Eles se sentirão mais à vontade para comprar produtos chineses sem o risco de confisco, o que certamente irá trazer um desafio ainda pior para os varejistas nacionais.

Uma guerra comercial assim certamente pode ter efeitos negativos no médio e longo prazo, ao desestimular as empresas a investirem no mercado brasileiro.

Por isso é necessário encontrar um equilíbrio entre o protecionismo e a livre concorrência no mercado.

O varejo brasileiro precisa descer do pedestal e estar atento às mudanças no mercado para adotar estratégias e se tornar mais competitivo. É fundamental que as empresas invistam em tecnologia, logística e marketing para melhorar a experiência do consumidor e aumentar a sua competitividade.

Simplesmente desejar a tributação chinesa pode ser um verdadeiro tiro no pé para o varejo nacional, já que isso acabaria com um dos principais receios sobre compras no exterior, para consumidores que poderão continuar tendo acesso a produtos mais baratos e com melhor qualidade.