O deputado estadual Rodrigo Farias (PSB) disse, nesta quinta-feira, que o governo Raquel Lyra confunde propositalmente ‘obras paradas’ com obras em andamento, para apresentar uma guerra de narrativa contra a gestão passada, de Paulo Câmara, eleito pelo PSB. “Raquel Lyra segue o mesmo roteiro que colocou em prática em Caruaru, quando parou as obras ao assumir o governo e culpar a gestão José Queiroz.
Depois, ela retoma as obras como se fosse mérito dela” Leia Também Sileno ironiza Raquel: ‘Vou folhear o relatório de 800 páginas para ver se fala sobre falta de merenda’ “Não existe essa grande quantidade de obras paradas (deixadas pela gestão passada), o que existe são obras em andamento e que foram suspensas com a troca de governo.
Se ela tivesse feito uma transição de governo, antes da virada do ano, hoje estaria entregando uma obra por semana.
Na minha região, no Agreste, por exemplo são sete estradas que falta pouco para serem entregues, mas elas podem ser totalmente perdidas, com a chegada das chuvas.
Já alertei o governo sobre esta situação, que vai prejudicar a população” “Esse relatório de mais de 800 páginas de agora nada mais é do que um diagnóstico da situação, que deveria ter sido feito em novembro e dezembro, mas não houve transição”, aponta.
Livro azul vem causando polêmica entre situação e oposição no Estado - Sei/Divulgação Entrega do relatório com diagnóstico de Pernambuco O Relatório de Diagnóstico da Situação do Governo de Pernambuco referente aos primeiros 100 dias de Governo foi apresentado aos secretários estaduais depois foi entregue aos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e aos representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Algumas consequências destes cenários (desequilíbrio de caixa) são a indisponibilidades orçamentaria de R$ 60 milhões para pagar o 13° do Bolsa Família; de R$ 1,2 bilhão no orçamento para concluir obras em estradas estaduais; e R$ 70 milhões para realizar a obra de ampliação de vagas prisionais no Complexo do Curado”, aponta o texto. “O problema afeta também as obras que nunca foram entregues à população.
O diagnóstico, com base em diagnóstico levantado pela Secretaria da Controladoria Geral do Estado, aponta que em todo o estado há mais de 400 obras paralisadas, na ordem de R$ 5 bilhões, a exemplo da Adutora do Agreste; Corredor Leste-Oeste BRT; Habitacionais Dancing Days/Sítio Grande; Barragens da Zona da Mata Sul; e o complexo penitenciário de Araçoiaba”.
Noronha, Suape e Sassepe “O relatório também trouxe à luz que entre 2021 e 2022, foram firmados 134 novos convênios com municípios.
No entanto, há R$ 197 milhões em dívida do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), que foi revogado em 2016.
Outros pontos críticos elencados tratam por exemplo da situação da Compesa, do Arquipélago de Fernando de Noronha, do Porto de Suape e do Sassepe”.
Na Alepe, estiveram presentes os deputados Izaías Régis, José Patriota, Jarbas Filho, Rodrigo Novaes, Cleiton Collins, Renato Antunes, Mário Ricardo, Eriberto Filho, Henrique Queiroz, Claudiano Martins Filho, Débora Almeida, Joaquim Lira, Kaio Maniçoba, Joãozinho Tenório, France Hacker e Nino de Enoque.
No TCE, os conselheiros presentes foram conselheiros Teresa Duere (vice-presidente), Carlos Porto, Valdecir Pascoal, Dirceu Rodolfo, Marcos Loreto e Carlos Neves.
O secretário chefe da Assessoria Especial, Fernando Holanda, e o secretário-executivo da Casa Civil, Rubens Júnior, acompanharam a agenda.