Sem alarde, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (UB), sancionou lei municipal concedendo auxílio-alimentação para os vereadores da cidade.

O valor mensal do auxílio, segundo o texto da lei, ficará em R$ 2.000,00 (dois mil reais) por mês.

O valor do salário-mínimo nacional é de R$ 1.302 por mês, ou seja, os vereadores vão receber, apenas de alimentação, mais que o salário-mínimo nacional da população em geral.

O valor do auxílio dos vereadores supera também o valor do auxílio-alimentação dos desembargadores do TJPE, maior remuneração pública do Estado, que está fixado em R$ 1.984,57 por mês.

A lei foi assinada, sem alarde, em 23 de março pelo prefeito.

Araripina, atualmente, tem 15 vereadores.

O município tem 85 mil habitantes e está a 690 quilômetros do Recife.

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL Segundo o site G1 da TV Globo, em 4 de abril, foi deflagrada a Operação Nobreak pela Polícia Federal em Araripina.

As investigações iniciais apontaram supostas fraudes à licitação e um superfaturamento na compra dos notebooks, que totalizou R$ 1.286.697,41 na Prefeitura de Araripina.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três no município de Juazeiro, na Bahia e dois na sede da Prefeitura de Araripina.

Foram apreendidos documentos de procedimentos licitatórios, celulares e veículos.

De acordo com a PF, a Prefeitura de Araripina, com verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), contratou uma suposta empresa de fachada/fantasma, por meio de adesão à ata de registro de preço 45/2021, do Município de Curaçá/BA, para o fornecimento de notebooks pelo valor de R$ 6.627,30 cada, totalizando R$ 2.849.739,00.

Há indícios, segundo a PF, da existência de uma organização criminosa especializada no desvio de verbas públicas e lavagem de capitais.