Em audiência pública na Assembleia Legislativa, a secretária de Meio Ambiente, Ana Luíza Gonçalves, revelou que espera para dezembro deste ano a entrega de um estudo, encomendado ao Iterpe (Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco).

Até lá, prevalece a regra que limita a quantidade de visitantes em 132 mil por ano.

O número causou reclamação imediata e com alarde na mesma audiência.

Hayrton Almeida, presidente do Conselho de Turismo de Noronha, reclamou da distribuição desses visitantes, 11 mil por mês.

Leia Também EXCLUSIVO: Secretária de Meio Ambiente explica acordo entre Estado e União, em Noronha “Temos períodos de baixa estação na ilha, como está acontecendo agora, em que pousadas estão com menos de 30% de ocupação.

Alguns desses estabelecimentos fecharam", disse o representante do setor de turismo.

Almeida também citou os problemas com o aeroporto de Noronha, sob restrição de receber aeronaves de grande porte desde outubro de 2022, em virtude das condições da pista.

Leia Também EXCLUSIVO: ANAC diz que restringiu aeroporto de Noronha por Paulo Câmara só ter adotado ‘ações paliativas’ desde 2019 EXCLUSIVO: Raquel Lyra quer acelerar obras para liberação de pista no aeroporto de Noronha A falta de escuta prévia da população foi alvo de críticas.

Para Ailton Flor, da Associação de Hospedarias Domiciliares, são os moradores que detém o conhecimento sobre os problemas de Noronha.

Ailton Júnior, presidente do Conselho Distrital, entendeu que ficaram de fora do processo tanto ilhéus quanto a Assembleia Legislativa.

O gerente regional do Nordeste do ICMBio, Rafael Camilo, disse que serão realizadas reuniões, em abril e maio, para ouvir a população sobre a revisão do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental Federal (APA) de Noronha.

A administradora de Fernando de Noronha, Thallyta Figuerôa, - Alepe/Divulgação Ilhéus presentes à audiência reclamaram da quantidade de empreendimentos autorizados na ilha e da falta de autonomia para escolher o administrador do arquipélago por votação direta.

Querem eleger o administrador da ilha, que atualmente é livre indicação do governador de Pernambuco da ocasião.

Os ilheus são os únicos brasileiros que não votam para prefeito.

Também se queixaram da demora para finalizar a obra de recuperação da pista do aeroporto.

A administradora-geral de Fernando de Noronha, Thallyta Figuerôa, respondeu aos questionamentos deles pedindo paciência aos habitantes da Ilha. “As coisas não vão mudar de uma hora para outra.

Não há solução mágica para o estado em que encontramos Fernando de Noronha”, avaliou.

Ela disse que vai apresentar ao Conselho Distrital um relatório com o diagnóstico sobre os problemas identificados pela gestão.

O deputado Waldemar Borges (PSB), um dos autores do pedido de audiência, lamentou que a reunião tenha sido a primeira oportunidade de reunir representantes da comunidade e do governo.

Renato Antunes (PL) sugeriu que seja realizada uma nova audiência pública, em Fernando de Noronha. (com informações do Diário Oficial da Alepe)