Sem alarde, o auditor Décio Padilha deixou o cargo em comissão de secretário de Administração do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), que estava ocupando desde janeiro.

Ele é auditor concursado da Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco.

Padilha teve sua cessão ao TJPE autorizada pela gestão de Raquel Lyra (PSDB), nos primeiros dias de Governo, mesmo depois de fazer um duro contraponto a falas da gestão tucana sobre a situação fiscal e financeira do Estado. “Em relação ao que o governo Raquel Lyra divulgou nesta segunda, imprescindível frisar que a análise de equilíbrio fiscal de um ente não deve ser feita apenas com base nos relatórios orçamentário e primário de um exercício isolado”, disse o servidor do Poder Executivo, em janeiro.

A gestão Raquel Lyra sustentava, na época, que o Estado foi entregue por Paulo Câmara (sem partido) em uma situação financeira difícil.

Padilha, em nome de Paulo Câmara, defendeu a gestão do PSB.

Até hoje continua o “bate e rebate” sobre a real situação fiscal e financeira do Estado.

Padilha também foi citado por jornais nacionais, em 2022, como possível secretário nacional da Receita Federal de Lula.

No entanto, em declaração aos jornais locais, Padilha disse que Lula não ligou para fazer o convite.

Pois bem.

A exoneração de Padilha do cargo em comissão do TJPE foi assinada em 30 de março.

Coincidência ou não, o ato de exoneração foi assinado um dia depois de Paulo Câmara tomar posse como presidente no Banco do Nordeste.

Daí surgiram especulações, nos bastidores, de que Padilha vai também assessorar o ex-governador em Fortaleza, sede do banco.

O ex-secretário da Casa Civil, o também auditor José Neto, já foi para Fortaleza ser assessor especial de Paulo Câmara.

Nos bastidores, contudo, também existe a versão que Décio Padilha irá apenas voltar a exercer as suas funções de cargo efetivo como auditor da Secretaria de Fazenda, sem se mudar para Fortaleza.

A conferir.