A governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause, se reúnem nesta segunda (10), com o secretariado para apresentar um balanço dos 100 dias de Governo.

A imprensa não terá acesso à reunião, apenas no início para realizar imagens.

No encontro a chefe do Executivo deve também apresentar um relatório de diagnóstico da situação atual de Pernambuco.

Nestes primeiros 100 dias, em especial o secretário de Fazenda tem sido escalado para criticar a situação das contas herdadas da gestão Paulo Câmara.

O novo secretário da Fazenda do Estado de Pernambuco, Wilson José de Paula, chegou a ir na Alepe para dizer que a atual gestão recebeu as contas do governo anterior com déficit nas contas. “Em 2022, o Estado de Pernambuco gastou mais do que arrecadou, teve um desequilíbrio fiscal, e entregou um orçamento para 2023 com pelo menos seis bilhões a menos, ou seja, tem unidades cujo orçamento vai até agosto.

São números que estão postos, publicados e agora levados à Alepe.

A gente vem aqui garantir que estamos trabalhando muito para enfrentar o desafio e entregar as soluções para reequilibrar as contas”, disse. “O questionamento foi sobre o Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2022, divulgado pela atual gestão, conter, sem alarde, constatação contrária à narrativa do Governo”, rebateu Rodrigo Farias, do PSB.

Capacidade de pagamento Wilson José disse que os recursos depositados em caixa na transição para gastos livres foram utilizados ainda na primeira semana para pagamento de despesas já contratadas e comparou as disponibilidades registradas em 31 de dezembro em Pernambuco (R$ 550 milhões) com a situação de estados vizinhos como a Paraíba (R$ 3,95 bilhões). “No Ceará (R$ 3,17 bilhões) e na Bahia (R$ 4,95 bilhões) os recursos disponíveis em caixa no primeiro dia do ano também apresentaram resultados superiores aos daqui”.

No diálogo com os parlamentares estaduais, o secretário disse que os resultados de 2022 levarão à redução do selo Capag de “B” para “C” porque os números impactam diretamente em dois dos três parâmetros avaliados pela STN: o índice de liquidez e a poupança corrente. “Essa é a fotografia de 2022 e os números estão dados.

Agora nós estamos trabalhando para entregar um 2023 diferente, com equilíbrio fiscal”, explicou.

PSB fala em guerra de narrativas Na defesa de Paulo Câmara, o deputado estadual Rodrigo Farias (PSB) comentou a apresentação dos números do terceiro quadrimestre do executivo estadual por parte do atual secretário da Fazenda, Wilson José de Paula, hoje pela manhã, na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

O parlamentar disse que os dados revelaram que o Estado foi entregue com o melhor resultado financeiro das últimas décadas e destacou que essa é mais uma prova da competência e responsabilidade fiscal da gestão Paulo Câmara. “Não há como brigar com os números ou inventar narrativas falsas.

O relatório é claro.

Pernambuco está com apenas 43,03% de despesas de pessoal, quando a lei de responsabilidade fiscal prevê o limite máximo de 49%.

Com isso, nosso Estado tem o melhor resultado das últimas décadas”, afirmou o deputado. “O estado de Pernambuco encerrou o ano de 2022 com o melhor resultado fiscal em 30 anos.

Com R$ 2,5 bilhões em caixa, classificação B no Capag e operações de crédito pré-aprovadas de quase R$ 4 bilhões, como também o menor índice de endividamento de 35% da RCL e apenas 43,03% de despesa de pessoal da historia , sendo a manutenção desse quadro uma tarefa da atual gestão”, disse o PSB, em nota.