Foi parar na Justiça a eleição do União Brasil, realizada nesta terça-feira, marcando mais uma quebra de braço entre Mendonça Filho e Luciano Bivar.
O deputado federal e ex-ministro acaba de obter na Justiça do Estado uma decisão liminar que anula a eleição do aliado de Bivar, para o comando do partido.
Segundo informou a assessoria de Bivar, mais cedo, o candidato Marcos Amaral, apoiado pelo deputado federal e presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, saiu vitorioso na eleição do Diretório Estadual do partido em Pernambuco nesta terça-feira (04/04).
Recuperando-se de um procedimento médico realizado em São Paulo, Luciano Bivar votou de forma eletrônica.
O atual presidente Amaral foi reeleito com 59 votos, sendo três virtuais, e seguirá no comando do partido por mais quatro anos, até abril de 2027.
Ele venceu a chapa encabeçada pelo deputado federal Mendonça Filho, que teve apenas 19 votos, sendo um virtual.
Marcos Amaral tomaria posse para um novo mandato a partir desta quarta-feira (05/04).
Foram anulados 40 votos em favor do aliado de Bivar. “No que tange aos Diretórios Municipais anotados no dia 01/04/2023 e noticiados nos autos por meio de peça de emenda à inicial, ao que me parece, pelo menos até prova em contrário, são questionáveis vez que foram anotados sem a devida e regular instituição de comissões municipais instituidoras” “Por assim ser, defiro a tutela recursal de urgência para SUSTAR os efeitos da criação das Comissões Municipais Instituidoras questionadas no Agravo de Instrumento, …”, escreve o desembargador Fernando Martins. “A criação de comissões provisórias municipais ao arrepio das normas partidárias e em desrespeito ao devido processo legal, pode macular a convenção estadual”, argumentou o desembargador, ao justificar a suspensão dos efeitos da criação das comissões municipais.
Miguel Coelho também assina a ação A ação foi movida pela chapa de oposição Pernambuco do Bem, formada pelos deputados Mendonça Filho, Fernando Filho, Antonio Coelho, pelos prefeitos de Petrolina, Simão Durando, de Bezerros, Lucielle Laurentino, o ex-candidato a governador Miguel Coelho, e pelo vereador do Recife, Victor André Gomes, alegando que as irregularidades na criação dos diretórios municipais comprometem a lisura do processo eleitoral. “O colégio eleitoral foi inflado com votos de mais de 40 diretórios municipais criados de forma irregular, descumprindo o estatuto.
Alguns às vésperas da convenção.
Por isso, vamos à Justiça defendendo um processo eleitoral limpo, democrático e regular”, disse Mendonça, que também é secretário-executivo do União Brasil estadual.
A convenção estadual foi realizada na sede do partido em meio a diversos questionamentos feitos pela chapa de oposição.
O deputado Mendonça Filho disse que apresentou diversos questionamentos como a irregularidade em mais de 40 votos de convencionais de diretórios municipais criados de última hora e o sistema de votação online sem a resolução da executiva nacional exigida pelo estatuto. “Infelizmente um processo irregular não era o que queríamos, mas esta convenção foi recheada de irregularidades reconhecidos pela Justiça”.