Sem alarde, o professor pernambucano Sergio Machado Rezende foi barrado por unanimidade em sua indicação para ser conselheiro da estatal federal Petrobrás.

Sergio Machado Rezende já foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula (PT) anterior, indicado por Eduardo Campos para sucedê-lo como ministro de Estado na pasta.

O Conselho de Administração da Petrobras considerou inelegíveis duas indicações feitas pelo Governo Federal para compor o novo colegiado.

Leia Também EXCLUSIVO: ex-chefe de gabinete de Paulo Câmara ganha cargo no TCE Exclusivo: Paulo Câmara assume Banco do Nordeste por indicação de Lula Conforme consta na ata da reunião publicada, os nomes rejeitados foram de Pietro Adamo Sampaio Mendes e Sergio Machado Rezende.

De acordo com o documento, a indicação de Mendes, preferido pela União para presidir o Conselho da Petrobras, poderia configurar conflito de interesses, – atualmente ele é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do Ministério de Minas e Energia.

A inelegibilidade foi aprovada por quatro votos contra três.

Já Sergio Machado Rezende foi barrado por unanimidade pelo colegiado por causa do Estatuto Social da Petrobras.

Ele já foi ministro de Ciência e Tecnologia nas duas primeiras gestões do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2005-2010) e integrou o diretório do Partido Socialista Brasileiro (PSB) até este mês de março.

Ainda que, no último 16 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, tenha flexibilizado a Lei das Estatais — suspendendo a proibição de indicações de pessoas ligadas diretamente a governos e com conexão partidária para a diretoria de empresas públicas —, o colegiado da Petrobras se baseou no inciso V do §2º do artigo 21 do referido estatuto. “É vedada a indicação, para o cargo de administração: (…) de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político”, diz o documento.