A cidade do Recife amarga o 51° lugar do Brasil na lista que apresenta as condições para empreender, segundo o ranking geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) referente ao período 2022/2023.

O relatório foi elaborado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com a organização Endeavor.

O Índice tem como objetivo analisar e comparar os ecossistemas empreendedores das 101 cidades mais populosas do País, explorando as condições que essas cidades oferecem para o desenvolvimento da atividade empreendedora.

Levando em conta as capitais do Nordeste, Recife acumula 5,982 pontos e fica atrás de Aracaju, São Luís, Fortaleza, Teresina, João Pessoa, Salvador e Natal.

O líder da oposição à gestão do prefeito João Campos (PSB), vereador Alcides Cardoso (PSDB), procurado pelo Blog de Jamildo para comentar sobre o ranking, criticou as administrações socialistas ao classificar o desempenho do Recife como “retrato do atraso”. “O ranking confirma o que é um sentimento comum entre os recifenses de que o Recife está bem atrás na hora de fornecer condições para empreender, principalmente, na comparação com as outras capitais nordestinas. É mais um dado negativo que se soma a tantos outros sobre a nossa capital que são resultado de uma gestão incapaz de criar um ambiente atrativo para o empreendedor, fornecendo, por exemplo, a infraestrutura necessária para ele se estabelecer em nossa capital.

Sem surpresa, é o retrato do atraso, consequência de mais de uma década de gestões do PSB”, afirmou Alcides Cardoso ao blog.

No ranking, são consideradas sete variáveis para avaliar o ambiente de negócios: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso à capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora.

São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Joinville (SC) ocupam o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.

No quesito Ambiente Regulatório que leva em conta a complexidade burocrática e a simplificação de processos, a capital pernambucana ocupa a 88° posição.

Já no item Infraestrutura, sobe para o 20° lugar e se destaca ao lado de Salvador e Niterói pelas “excelentes condições viárias e de acesso a aeroportos, se destacam também como as de melhor posição no subdeterminante Transporte Público”, aponta o relatório.

Este espaço, como sempre, segue aberto ao contraditório.