O vice-líder do governo João Campos (PSB) na Câmara do Recife, vereador Rinaldo Junior (PSB), sugeriu, em reunião ordinária nesta terça-feira (28), “tocar fogo na Compesa” como uma forma de protesto aos manifestantes que cobram o abastecimento de água em suas casas.
A Compesa agora é de Raquel Lyra, não está mais nas mãos de Paulo Câmara.
Espera-se que a frase tenha sido apenas uma metáfora.
O parlamentar, que é presidente da Força Sindical de Pernambuco, fez a sugestão um tanto quanto radical quando citava um protesto realizado nessa segunda-feira (27), na Avenida Aníbal Benévolo, no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. “Vou dar uma sugestão às pessoas que tocaram fogo lá na (Avenida) Aníbal Benévolo no dia de ontem, de forma justa, e eu vou me juntar a vocês, vamos tocar fogo na Compesa. É o jeito.
Porque todo dia, em todo momento, a gente vê uma crítica, a gente vê as pessoas passando necessidade e 90% são os menos favorecidos.
Porque quem tem condição de comprar um carro-pipa, de ter uma cisterna em casa não paga por esse absurdo.
Se você ligar a televisão, qualquer repórter, seja na Várzea, no Jordão, Casa Amarela, na Torre, é gente reclamando que está passando necessidade por não ter água na sua torneira", disse Rinaldo Júnior. “Então, senhores, eu quero me somar nesse coro, mas não vou ficar somente no discurso.
Vou procurar a direção da Compesa e espero que eles me recebam”, completou o vereador socialista.
Veja a nota do vereador Rinaldo Junior “Venho esclarecer aos leitores do Blog de Jamildo de que houve um equívoco durante meu discurso desta terça-feira, dia 28 de março, durante sessão Ordinário da Câmara Minicipal do Recife.
Nossa fala foi no sentido de expressar que seria melhor “fazer protesto na frente da Compesa” para que o órgão pudesse enxergar a gravidade da situação da população, e não quiz, de forma alguma, estimular nada contra a instituição ou prédio público, até porque nosso mandato sempre defendeu a ordem, o diálogo e a democracia, de forma pacífica e sem extremismos.
Quem conhece e acompanha nosso mandato, sabe.
Portanto, peço desculpas publicamente por não ter me expressado de forma clara, pois jamais ousaria incentivar algo nesse sentido”.