Mais cedo, o Blog revelou que o Banco do Nordeste convocou assembleia geral em 31 de março para eleger os conselheiros indicados pela gestão petista.
O Blog revelou que, estranhamente, o ex-governador Paulo Câmara (sem partido) não está na lista, apesar de ser obrigatório, pelo estatuto do banco, o presidente-executivo ser conselheiro.
Paulo foi convidado pelo próprio Lula (PT) para presidir o banco, mas jornais nacionais registraram que o PT do Ceará ainda não desistiu do cargo.
O atual presidente do banco, que já foi filiado ao PT, foi indicado para ser eleito conselheiro em 31 de março.
Pois bem.
Está em disputa uma empresa bilionária, que movimenta a economia de todo o Nordeste.
O Banco do Nordeste (BNB) alcançou, em 2022, a marca histórica de R$ 2,015 bilhões de lucro líquido.
O valor é o maior já registrado pela instituição financeira em seus 70 anos de atuação.
O resultado do ano passado é 24,5% acima do R$ 1,6 bilhão alcançado em 2021.
O resultado operacional, medido antes das despesas administrativas, atingiu o montante de R$ 3,28 bilhões, representando um acréscimo de 16,7% em relação ao desempenho de 2021.
Os números refletem melhorias em procedimentos, digitalização e automação de processos visando ao aumento de eficiência. “Temos muita clareza sobre o nosso papel de banco de desenvolvimento, por isso, consideramos fundamental ser mais eficientes e pensar na atuação do banco a longo prazo.
Alcançar lucros como esse reforça essa visão de longo prazo e capitaliza o banco a investir em mais projetos de desenvolvimento, a exemplo do programa de microcrédito urbano, Crediamigo, operado com recursos próprios”, explica o atual presidente do BNB, José Gomes da Costa.
A remuneração da taxa de administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi a principal contribuição para os resultados financeiros obtidos. “Nós conseguimos registrar uma elevação da receita com a taxa de administração do FNE, apesar dessa taxa ter tido uma redução percentual de 2,1% ao ano, no exercício de 2021, para 1,8% ao ano, em 2022.
A compensação foi feita pelo esforço de todos os colaboradores do banco para aumentar a carteira de crédito”, afirma José Gomes da Costa.
O executivo se refere aos desembolsos feitos pelo BNB, em 2022, com recursos do FNE e outras fontes que somaram cerca de R$ 49 bilhões.
O volume corresponde às operações realizadas na área de atuação do banco e representa um aumento de 23,5% na injeção de recursos na economia, na comparação com o exercício anterior. “Nós conseguimos alocar um volume maior com a mesma estrutura.
Para isso, revisamos processos com o objetivo de sermos mais eficientes.
Mostra disso é que a nossa rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido de 2022 foi de 24,4%, superior à média do mesmo indicador de rentabilidade dos maiores bancos do país, que ficou abaixo de 17%”, exemplifica José Gomes da Costa.
Os ativos do FNE totalizaram R$ 124,33 bilhões ao final do exercício de 2022, apresentando crescimento de 15,3% em comparação com o volume de R$ 107,84 bilhões alcançado no mesmo período do ano anterior.
Enquanto isso, os saldos a desembolsar comprometidos relativos às operações de crédito anteriormente contratadas totalizaram R$ 13,89 bilhões, valor 18,2% menor que os R$ 16,98 bilhões existentes em dezembro de 2021, o que evidencia maior eficiência nos desembolsos.