O deputado estadual do PV Gilmar Júnior, enfermeiro e presidente do Coren (Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco) repercutiu a manifestação da enfermagem contra o governo Raquel Lyra. “As vaias foram uma forma de demonstrar revolta ao silêncio do governo estadual.

Eu entendo que o ato não foi direcionado à pessoa Raquel Lyra.

Mesmo o presidente Lula tendo ficado chateado com a situação e pedido para respeitar os convidados, não acho que faltamos com respeito, acho que os profissionais de enfermagem agiram dentro da liberdade de expressão e da democracia”. “A enfermagem não tem mais paciência para esperar.

Eu estou disponível, a qualquer dia e hora, para sentar com a senhora e ajudar a montar uma mesa de discussão para tratar sobre o piso salarial.

E não é para brigar, é para construir”. “A categoria estava há 11 dias de greve em Pernambuco e aguardava a assinatura da MP que destrava o piso no STF (Supremo Tribunal Federal)”.

Posição de Lula sobre enfermagem Os profissionais da enfermagem ocuparam uma grande área do Geraldão e, em coro: “Ô, Lula, cadê você?

Assina logo a MP!”.

Após sair do encontro com o presidente Lula, no Geraldão, zona sul do Recife, Gilmar Júnior (PV) fez uma live de dentro do carro, direcionada aos profissionais da enfermagem.

Na live, o deputado avaliou a fala do presidente sobre a pauta: “Percebi, na fala de Lula, vontade de pagar o piso, mas havia uma espécie de desconexão de informações, como se ele não soubesse onde o piso precisa ser destravado.

Achei o presidente pouco apropriado sobre o trâmite do piso.

Tudo bem que ele está há poucos meses no governo e há outras pautas.

Mas achei que a nossa era prioridade”.

Apesar da crítica, Gilmar Júnior disse que Lula se comprometeu a pagar o piso da categoria, mas que ele não deu qualquer data.

O parlamentar contou também que conseguiu falar, pessoalmente, com o presidente sobre o tema. “Lula parou para falar comigo e se mostrou preocupado com o Supremo Tribunal Federal.

Praticamente repetiu a fala do discurso”, relatou.

Na quarta-feira da semana passada (15), Gilmar Júnior usou a rede social para informar aos colegas que o texto da Medida Provisória, para destravar o piso salarial da categoria, já estava na casa civil.