Sem alarde, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE), vinculada à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, informa que a posição científica atual do Governo do Estado é que os ataques de tubarão não tem relação direta com o Porto de SUAPE.

A posição está em documento oficial da FACEPE.

O Blog já tinha revelado, em primeira mão, nota técnica de SUAPE com a mesma posição científica.

Há décadas corre no Estado a “lenda urbana” de que os ataques de tubarão foram incrementados pela construção do Porto de SUAPE, na década de 70.

A posição científica atual do Governo é que “evidências para que esses animais cheguem ao litoral pernambucano relacionam-se à existência de um canal profundo que acompanha a extensão costeira do Estado, facilitando o deslocamento de tubarões para mais próximo das praias, onde os banhistas costumam situar”.

Ou seja, sem relação direta com SUAPE.

LEIA O PUBLICADO PELO BLOG NO INÍCIO DO MÊS A empresa estatal estadual SUAPE se adiantou e elaborou uma nota técnica para negar a influência direta do porto nos ataques de tubarões.

O documento foi assinado, sem alarde, em 8 de março e obtido com exclusividade pelo Blog de Jamildo.

A “lenda urbana” de que os ataques de tubarões são causados pela construção do porto de SUAPE roda pelo Estado há décadas.

Já ouvi até jornalistas ajudando a propagar este tipo de desinformação.

A empresa estatal resolveu se adiantar e elaborou uma nota técnica negando perempetoriamente o boato. “Tais incidentes constituem um problema histórico (que remonta a década de 1940) e complexo (multifatorial) no litoral do Estado”, conclui a nota.

O porto foi construindo apenas na década de 70 do século passado.

Assim, SUAPE fica fora da responsabilidade direta, segundo o documento.

SUAPE está adotando uma postura proativa na negativa da relação com os ataques de tubarões. “Cabe mencionar que independentemente da questão dos incidentes, o Porto adota uma postura ambientalmente responsável e proativa no controle dos seus aspectos e na manutenção da qualidade ambiental”, diz a nota.

As conclusões do documento estão lastradas em estudos de SUAPE em parceria com a Fundação Apolônio Salles (Fadurpe) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Os estudos ocorrem desde 2021 e agora, com os novos incidentes de tubarões, serão ampliados.

A nota técnica informa que, no entorno de SUAPE, só foram localizadas duas espécies de tubarões, mas, contudo, não são da mesma espécie que atacam os banhistas em Recife, Olinda e Jaboatão.