O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) venceu a disputa interna para comandar a comissão de Educação da Alepe.

Com a ajuda do colega Romero Albuquerque, da bancada independente, Waldemar Borges contornou o veto do governo Raquel Lyra, que nos bastidores havia orientado para que nenhum deputado socialista assumisse cargos de titularidade na casa.

Na votação desta terça-feira, além do próprio voto, Waldemar Borges teve o voto do deputado João Paulo (PT) e Romero Albuquerque (União Brasil), vencendo o candidato que contava com a simpatia do palácio, Renato Antunes.

Renato Antunes, além do próprio voto, ele teve apenas o voto de Kaio Maniçoba (PP), que nos bastidores havia prometido votar em Waldemar Borges e PSB.

A manobra pode ter sido realizada apenas com o objetivo de ficar bem na fita com o governo Raquel Lyra, mas pode não ter dado a real dimensão do contencioso na Casa Legislativa.

Leia Também Veto de Raquel Lyra ao PSB na comissão de Educação cria impasse na Assembleia Legislativa de Pernambuco O PSB disse que a votação era como um símbolo de uma vitória da independência do Poder Legislativo A Comissão de Educação e Cultura foi a única que teve bate-chapa com um parlamentar aliado ao Governo do Estado.

Nos demais colegiados, a direção foi escolhida por meio de um acordo dos líderes de bancadas. “Na comissão, vou conduzir a tramitação de proposições sobre um tema que teve grandes investimentos e resultados nas gestões do PSB à frente do Governo do Estado”, disse o parlamentar do PSB. “A educação é um dos pilares mais relevantes da sociedade.

Assumo a comissão com um senso imenso de responsabilidade.

Temos uma pauta importante, e vamos trabalhar juntos em torno dela”, afirmou o parlamentar socialista, que terá o deputado João Paulo (PT) como vice-presidente na comissão.

Cleiton Collins vazou Também nesta terça-feira, depois de ter sido orientado a não aparecer na votação desta segunda-feira, em uma manobra do Palácio, o deputado aliado Cleiton Collins pediu pra sair da titularidade da comissão.

O que se comenta na Alepe é que decisão foi motivada pelo desejo do parlamentar de não se indispor com o PSB, de quem foi aliado durante os últimos anos, na Alepe.

Numa manobra atribuída ao Palácio, o deputado Cleiton Collins, do PP, partido que aderiu ao novo governo, não apareceu para a votação e assim não houve quórum.

Mesmo com ausência de Cleiton Colins, Porto interveio, numa posição que é vista por alguns como afirmação da independência do Poder Legislativo.

Briga interna e externa Conforme o blog havia relatado com exclusividade, nesta segunda-feira, a eleição do presidente da Comissão de Educação da Alepe, na segunda, havia deixado evidente a quebra de braço do presidente da Alepe, Álvaro Porto, com a governadora Raquel Lyra.

O posto estava em disputa entre os deputados Waldemar Borges (PSB) e Renato Antunes (PL).

Ocorre que, desde a eleição da nova mesa diretora, de acordo com informações de bastidores, a governadora Raquel Lyra tinha avisado que não queria o PSB em nenhum posto chave, mesmo tendo eleito apenas três parlamentares, incluindo o próprio deputado Álvaro Porto.

Para se eleger com folga, atropelando o candidato do peito da governadora, Antônio Moraes, do PP, Ávaro Porto prometeu espaço a partidos como PSB e Solidariedade, que haviam estado nos palanques contra a candidata eleita.

Em votação recente, para outra comissão, o presidente da Alepe teve que engolir a interferência do Executivo para barrar Waldemar Borges e colocar o aliado do PP no lugar.

Agora a paciência pareceu ter se esgotado.

Numa manobra atribuída ao Palácio, o deputado Cleiton Collins, do PP, partido que aderiu ao novo governo, não apareceu para a votação e assim não houve quórum.

Mesmo com ausência de Cleiton Colins, Porto interveio, numa posição que é vista por alguns como afirmação da independência do Poder Legislativo. “Nesta segunda, o presidente Álvaro Porto tomou para si a responsabilidade de escolher quem comandará a comissão de Educação.

Nos corredores, o que se diz é que ele quer entregar ao PSB para mandar um recado ao Palácio do Campo das Princesas”, diz uma fonte do blog.

O nome escolhido seria Waldemar Borges, que já havia sido vetado na escolha da comissão de Finanças e Orçamento da Alepe, em benefício de um aliado de Raquel Lyra, Antônio Moraes. “Há o gesto do presidente em mandar um recado claro para Raquel.

Ele está insatisfeito com a falta de apoio do Palácio”.