A Fundação FHC (FFHC) realiza nesta quarta, 15 de março, a partir das 11 horas (horário de Brasília), o webinar “O bolsonarismo depois da derrota de Bolsonaro”.

O evento discutirá os resultados de um levantamento recém-concluído do Instituto IDEIA acerca do atual status dessa força política no Brasil.

Os dados serão acrescidos de informações qualitativas sobre a reação do bolsonarismo nas redes sociais.

De acordo com a entidade, o debate via zoom acontece após uma série de fatos com potencial para ter afetado a base de apoio do ex-presidente.

Após a derrota de 30 de outubro de 2022, Jair Bolsonaro não reconheceu o resultado eleitoral e se recolheu por semanas no Palácio da Alvorada.

Enquanto isso, bolsonaristas inconformados com a vitória de Lula bloquearam estradas e organizaram acampamentos diante dos quartéis, pedindo intervenção militar.

Dois dias antes da posse, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, negando-se a passar a faixa ao sucessor, e não retornou mais ao Brasil.

Em 8 de janeiro, numa tentativa de provocar um golpe de estado, hordas de extremistas depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso sob suspeita de omissão e facilitação dos atos golpistas.

No final de janeiro, veio à luz a dimensão da tragédia yanomami, agravada nos últimos anos.

Mais recentemente, outro escândalo se somou ao rol de preocupações do ex-mandatário: as denúncias de que Bolsonaro usou o aparato do Estado para tentar se apropriar de jóias dadas pelo governo saudita, avaliadas em R$ 16,5 milhões, e que ficaram retidas na alfândega brasileira.

Maurício Moura, conselheiro do Instituto IDEIA, sócio do Fundo Zafira e pesquisador da George Washington University (EUA), avaliará o efeito dessa sucessão de fatos sobre o status atual do bolsonarismo.

Para tanto, lançará mão dos dados de uma pesquisa concluída recentemente pelo IDEIA.

Isabela Kalil, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e coordenadora do Núcleo de Etnografia Urbana/Laboratório de Etnografia Digital (NEU/LED) e do Observatório da Extrema Direita (OED Brasil), fará observações com base na reação dos bolsonaristas nas redes sociais.

A mediação do debate será do diretor geral da Fundação FHC, Sergio Fausto.