A Assembleia Legislativa de Pernambuco viveu dois dias de intensas movimentações e mudanças significativas na formação das comissões.

Uma das principais bancadas do parlamento, o PL de Bolsonaro, esteve no centro das discussões.

A sigla teve a sua liderança alterada na Casa Joaquim Nabuco às vésperas das reuniões que definiam as comissões.

O curioso é a motivação.

O que circula nos bastidores poder Legislativo é que, após tentar levar o partido para compor com o PSB e PT, na eleição da Comissão de Legislação e Justiça, e assim prejudicar ao Governo Raquel Lyra, o deputado Alberto Feitosa acabou perdendo o comando da bancada na Casa.

O deputado Nino de Enoque é o novo líder do grupo na Alepe.

Isolado, Feitosa chegou a utilizar as redes sociais para acusar a perda da liderança partidária por interferência do Palácio (Leia-se Raquel Lyra). “Na prática, o que se viu foi a tentativa do parlamentar de se alinhar com siglas como o Partido dos Trabalhadores e o PSB, gerando a insatisfação dos seus pares”, afirmam fontes da Alepe.

Para se ter uma ideia de como a questão da oposição é inflamada, na eleição do presidente da Alepe, Álvaro Porto, fez acordos com partidos de oposição, mas as negociações começaram em outubro do ano passado, logo depois das eleições.

Quando tentou emplacar o nome de um outro parlamentar, o governo Raquel Lyra já não teve como evitar a eleição por consenso.

Ponto de Vista de Feitosa Veja a versão do Coronel Alberto Feitosa O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) nega ter sido retirado da liderança do partido por parcerias internas com o PSB e o PT. “Na verdade a minha luta é de manter a independência e altivez do poder Legislativo, Alepe, e a não subordinação ao poder executivo, ou seja, Raquel Lyra.

Assim como a governadora, nós também fomos eleitos e precisamos ter capacidade e liberdade de legislar.

E mais do que tudo de fiscalizar o poder executivo.

Nesse episódio, eu não comprei, não me vendi e nem vendi ninguém!

E o triste é que a mudança de liderança foi feita na calada da noite, no Palácio, aos olhos e na mesa da governadora.

Penso eu que a escolha das comissões tem que seguir o que diz o artigo 9o do regimento interno, ou seja, ser feita exclusivamente pela Alepe”, disse Feitosa. “O PL teria o poder de fazer a diferença porém com a modificação feita por Renato Antunes que votou no candidato à presidência da Comissão de Administração Pública que é da Federação composta pelo PT, PCdoB e PV, essa autonomia foi comprometida.

A manobra que atendeu o Palácio abriu um precedente jamais visto na história do legislativo estadual: a interferência do executivo em uma legenda partidária e consequentemente em toda Alepe, o que não admiti”. “Deus, Pátria, Família, Liberdade e VERDADE sempre fizeram parte de minha trajetória de vida.

Eu reafirmo minha posição de que sou independente do Governo e totalmente dependente apenas do meus eleitor”, afirmou o coronel. “Tive quase 150 mil votos sendo o mais bem votado do PL no Norte, Nordeste e Centro Oeste”, afirmou.