Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, em breve (maio), o presidente Lula terá o direito de nomear mais um nome para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A maior corte de Justiça do País foi engolfada pela crise política, nos anos recentes, sempre acusada de politização, pelo governo Bolsonaro e aliados mais radicais.

Leia Também Lula usa Cristiano Zanin para rebater Moro. ‘Juiz parcial não tem lugar de fala’ Lewandowsk é ministro do Supremo Tribunal Federal desde 16 de março de 2006, tendo presidido a Corte entre 2014 e 2016.

Exerceu também a função de presidente do Senado Federal para fins do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em meio à situação de polarização criada nos últimos anos, crescem as especulações dando conta que o presidente Lula considera e pode nomear o advogado Cristiano Zanin para o STF.

Zanin Marztins foi advogado pessoal de Lula na Justiça Federal do Paraná.

Cristiano Zanin Martins é advogado e professor.

Ele ganhou notoriedade como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos relacionados à Operação Lava Jato.

Nada na lei impede a indicação de Zanin Martins, que ainda teria de receber a chancela do Senado.

As colunas de bastidores políticas dão que o favorito para a próxima vaga no STF é o advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu Lula na Lava Jato.

Reações em contrário Há quem não pense que Zanin Martins seja uma boa indicação. “Eu não veria nenhum problema se a nomeação fosse para o Ministério da Justiça, a AGU ou qualquer outro cargo do governo.

Os requisitos aí são a capacidade técnica e a confiança do presidente.

A cadeira no STF é um pouco diferente”, afirma o articulista Hélio Schwartsman, no jornal Folha de São Paulo. “Talvez seja preciosismo meu, mas penso que muita proximidade com o presidente é um elemento que deveria inabilitar o candidato para o posto, já que ela levanta ao menos em potência muitos conflitos de interesse”. “Não são poucos os temas sensíveis para o governo que terminam no Supremo, sem mencionar a possibilidade de o mandatário e seus principais auxiliares virem eles próprios a ser julgados pela corte.

Num país em que os princípios da impessoalidade e da moralidade fossem levados mais a sério, o ministro deveria dar-se por impedido de emitir juízo sobre esses casos e, como consequência, teríamos apenas meio magistrado”.

Outros nomes na disputa pelo STF Além de Cristiano Zanin, desponta como favorito na corrida o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-chefe de gabinete de Lewandowski.

A dupla não está sozinha no páreo.

Quatro nomes correm por fora, como Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell e Benedito Gonçalves, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, no Resenha Política