O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, defendeu, no Recife, a importância estratégica da necessidade de conclusão da Transnordestina, sem detalhar como o governo Federal vai encaminhar a definição.

Leia Também Governadores do NE querem rever mudanças no projeto da transnordestina sob Bolsonaro e retomar projeto original Terminal da Transnordestina em Suape vai gerar mais de 3 mil postos de trabalho Em agosto de 2021, o governo Bolsonaro tomou a decisão de fazer apenas o ramal do Ceará.

Depois da revelação do blog de Jamildo, a classe política se uniu e cobrou uma alternativa.

Para contornar a situação, o governo Paulo Câmara negociou com uma empresa privada, de Minas Gerais, uma concessão para realizar os investimentos.

Só que as licenças federais ficaram empancadas. “Vamos dar as primeiras autorizações ferroviárias, e uma delas vai contemplar Pernambuco, vai proporcionar a resolução daquela questão da Transnordestina e a ligação para o Porto de Suape, que é esse patrimônio do Estado”, disse o ministro Tarcísio de Freitas, em setembro de 2021, registrado pelo Blog de Jamildo. “Pernambuco não pode ficar trás e nós vamos brigar por isso.

Temos questões relacionadas ao Aeroporto Internacional do Recife, que é um HUB, vital para o mundo todo.

E Pernambuco tem um porto localizado bem no Centro que é bem importante pela questão da volta dos grandes transatlânticos e, em especial, o porto de Suape, que é uma área muito grande e a gente tem que garantir que a ferrovia chegue até lá para que Pernambuco possa se desenvolver cada vez mais”, defendeu o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, nesta quinta-feira.

O ministro do PSB foi recebido pela governadora Raquel Lyra, na tarde desta quinta-feira (16), no Palácio do Campo das Princesas. “Pernambuco precisa se reposicionar no cenário brasileiro.

Para passar a ser parte da solução do Brasil.

E isso passa pela infraestrutura logística.

Falamos sobre portos, aeroportos e a necessidade da Transnordestina para que a gente possa garantir investimentos estruturadores no nosso estado e, com isso, trazer oportunidade de renda e trabalho para a nossa gente.

Solicitamos uma agenda em Brasília para podermos levar nossos pleitos e detalhar com mais profundidade e buscar as soluções necessárias”, afirmou Raquel Lyra.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, o encontro serviu para encaminhar algumas parcerias que possam ser executadas nos empreendimentos. “Colocamos em pauta alguns pontos de intersecção entre o estado de Pernambuco e o Ministério de Portos e Aeroportos para poder construir uma agenda propositiva de trabalho.

Saímos daqui hoje com a porta aberta e uma rota de como a gente irá construir soluções que impactam a vida do povo pernambucano”, comentou.

Durante a visita a Pernambuco, o ministro realizou uma vistoria nas obras do Aeroporto Internacional do Recife e fez visita técnica no Porto do Recife, onde foram discutidas questões relacionadas à profundidade do deck para atracamento de navios de transporte de passageiros, como transatlânticos.

Em seguida, Márcio França sobrevoou o Complexo Industrial Portuário de Suape, onde discutiu sobre a dimensão e a lógica operacional do Porto.