Francisco Martins, engenheiro, consultor sênior, ex-Diretor de Planejamento e Diretor Presidente de Suape, e que há pouco mais de quatro anos foi o gestor do projeto da conexão ferroviária de Suape, reafirmou as críticas que fez à CSN, acrescentando outras, dépois de ter dito que ficou indignado com a nota oficial da CSN culpando Paulo Câmara pelo atraso e suspensão do ranal de Suape na Transnordestina.
Depois do técnico ter escrito um artigo exclusivo para o blog de Jamildo, comentando a polêmica criada no final do ano passado, no apagar das luzes do governo Bolsonaro, a CSN divulgou nota dizendo que Francisco Martins agia com “má fé”.
Além de Urêia, Ventola Desde o primário, no Instituto Santa Isabel dos anos 70, da saudosa Dona Ceci, vivíamos o cotidiano das “pegadas de ar” de quem era objeto do que hoje se chama bullying.
O cabra tinha orelha de abano e passava a ser alcunhado de “urêia”, era bem provido de nariz e virava “ventola”.
Pois bem, aí quanto mais se bulia mais ar pegava, até porque tinha o tal do espelho em casa onde todo dia dava de cara com aquelas orelhas ou aquele nariz.
E eis que o povo da danada da firma que é obrigada a cumprir um contrato de concessão, de quem até hoje nunca se escutou nem um apito de trem, pegou ar.
E a culpa é do espelho.
E nessa pegada de ar deu a entender que os técnicos da ANTT e do TCU aplaudem de pé seu desempenho.
Justamente os técnicos que, de nariz tapado diante da fedentina de um contrato mofado com quase 30 anos de a(ssa)ssinado, esmiuçaram como foi o desempenho de quem assumiu a responsabilidade inicial de ligar Juazeiro a Suape e de cuidar da malha da RFFSA.
Os seríssimos técnicos da ANTT, diante das orelhas de abano, lascaram um “Urêia!”, na forma de relatórios que levaram à recomendação da caducidade, e deixando de lengalenga desaforado e mostrando o PAO (processo administrativo ordinário) diante da cobra morta, em anexo encaminho o Relatório à Diretoria SEI 907/2019 sobre “o cabimento da proposta de declaracão de caducidade da concessao sob administracao da Transnordestina Logistica S.A.”.
Por outro lado, a equipe de auditores do TCU também vasculhou a concessão e, ao ver aquelas avantajadas narinas bradou “Ventola!”, na forma do Acórdao 67/2017 (anexo) que proibiu repasses de recursos públicos para a concessionária.
E como em cima de queda, coice, sobre as tais variantes que Urêia disse não terem sido aprovadas, a deliberação Nº 238, de 13/07/2021 da Diretoria Colegiada da ANTT (anexa) sobre a aprovação das variantes depois de quase 10 anos de documentos e projetos meia boca.
Pra não entrar pela perna do pinto e sair pela perna do pato, cabe à concessionária aprovar projetos, licenciar e tudo o que não foi feito, já que nada competia ao Governo de Pernambuco numa concessão federal.
Dando por encerrada a peleja, não há de se dizer mais nada sobre a concessão além das escalofriantes narrativas de milhares de páginas de relatórios técnicos da ANTT e do TCU tanto sobre o desempenho na construção da Malha II, com “L troncho” e tudo, quanto sobre o descaso com a Malha I, escancarado no abandono e favelização do pátio da RFFSA na Avenida Sul.
Recomendo a Urêia Ventola que leia mais sobre Miguel Arraes, Padre Henrique, Frei Caneca, as Mulheres de Tejucupapo, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Filipe Camarão, Henrique Dias e também sobre a resiliência de Luís Inácio, aí entenderão quais as motivações de quem escreve essas mal traçadas linhas.