O advogado Antônio Campos, ex-presidente da Fundaj no governo Bolsonaro, retrucou a CSN, que controla a ferrovia Transnordestina, depois que a empresa do Ceará respondeu crítica que ele havia feito ao grupo do empresário Benjamim Steinbruch.
Leia Também CSN rebate Antônio Campos, diz que aditivo é legal e que Pernambuco conta com OPÇÃO PRIVADA para TRANSNORDESTINA desde 2021 Antônio Campos, aliado de Raquel Lyra, critica CSN e diz que aditivo da TRANSNORDESTINA é ilegal Veja a fala do advogado “Com referência a nota do grupo da CSN, que controla a Ferrovia Transnordestina, que culpa o governo Paulo Câmara, diz que o aditivo é legal e que Pernambuco teria uma opção privada e que se refere a texto da minha lavra, tenho a dizer como pernambucano, por acompanhar e estudar o assunto” .Em 16 anos o Grupo CSN, que tem sede no Ceará e onde tem um terminal de minério de ferro, não executou nem 35% da Transnordestina.
Isso prejudicou muito o Nordeste, pelo que sempre se questionou a capacidade técnica e financeira para esse grupo fazer tal obra.
A CSN construiu ao longo desse tempo retalhos, que ligam nada a canto nenhum, segundo a conveniência do momento e dos financiamentos.
O aditivo, que retira Pernambuco e impõe outras condições é lesivo e ilegal, por diversas razões.
Feito em dezembro/2022, ainda não teve o crivo dos Tribunais, ao contrário do que alega a nota da CSN, aos quais será certamente em breve submetido.
Só liberar a construção do ramal de Suape, após a empresa de Steinbruch ser indenizada pelas alegadas despesas no trecho de Pernambuco é um absurdo jurídico e agride os fatos.
Ora, o aditivo criar condições para Pernambuco sem a anuência dele?
Quem deve prestar contas a Pernambuco é o Grupo CSN, inclusive indenizar pelos prejuízos causados, demonstrar os aportes, fazendo um encontro de contas, onde certamente Pernambuco é credor.
Os alegados financiamentos a que alude a nota do Grupo CSN, ‘’mesmo antes do início da operação comercial’’, tornaram-se um verdadeiro cheque especial do Grupo CSN para salvar o grupo da insolvência, necessitando que o mesmo demonstre os aportes na obra, as amortizações e condições de financiamento, para transparência de todo processo.
A nova gestão de Pernambuco não pode ser responsabilizada pelas alternativas buscadas pelo último governo, no seu final, como também o aditivo com a ANTT ao apagar das luzes do último Governo Federal, sem ouvir o novo Governo de Pernambuco já eleito, se ratificava a posição do anterior, o que, no mínimo, era prudente, ante a relevância do assunto.
A Transnordestina e a ligação de Salgueiro até Suape integrando a malha ferroviária do Nordeste é uma luta de todos os pernambucanos.
Pernambuco deve cobrar as responsabilidades sobre a Transnordestina, o seu traçado, a sua obra e eventuais opções tomadas ao longo do tempo.