Acossado por Raquel Lyra no comando do governo do Estado, sucedendo Paulo Câmara, depois de 16 anos do PSB no poder, o prefeito do Recife João Campos, de olho nas eleições municipais de 2024, dá sinais de que recuou em relação à promessa de não dar espaço ao PT no governo municipal.

Na campanha contra Marília Arraes, em 2020, para adotar um discurso de olho nos conservadores, João Campos prometeu que não teria ninguém do PT na sua eventual gestão.

Em novembro de 2020, no debate da TV Jornal, João Campos já havia mostrado que iria usar o antipetismo na reta final da campanha.

Ele citou várias vezes João da Costa, de modo a usar a rejeição do governo dele nas costas de Marília Arraes.

Na quinta-feira anterior à eleição, João Campos (PSB), que enfrentava Marília Arraes (PT) no segundo turno nas eleições do Recife, comprometeu-se a fechar qualquer tipo de portas para o PT durante o seu governo, caso eleito.

O candidato afirmou que não aceitaria nenhuma indicação política do PT durante os quatro anos de sua gestão, em declaração feita na Rádio CBN de Recife.

A mudança de orientação de João Campos ocorre no momento em que Lula convidou Paulo Câmara para assumir comando do Banco do Nordeste.

Conforme revelou em primeira mão o blog de Jamildo, no dia 7 de fevereiro, o presidente Lula formalizou o convite para que o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assuma o comando do Banco do Nordeste (BNB).

Além de Lula e Paulo Câmara, participou da reunião oficial o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia.

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Neste sábado, haverá uma reunião do diretório municipal do PT Recife e de acordo com informações de bastidores o principal debate da reunião é aprovar a ida para o governo João Campos, assumindo cargos relevantes na Prefeitura do Recife.

Guerra e paz com a prima Marília Arraes João Campos acabou derrotou sua prima, Marília Arraes (PT), na disputa pela prefeitura do Recife.

Ao longo da campanha, os dos candidatos trocaram diversas acusações que envolveram farpas entre os partidos — aliados no âmbito estadual. “Me posicionei ao longo da campanha firmando um compromisso com as pessoas do Recife, que no meu governo, durante os quatro anos, não haverá indicação política do PT para ocupação de espaços”, afirmou Campos.

As declarações foram dadas ao jornalista Carlos Madeiro durante o UOL Entrevista.

Já na campanha estadual do ano passado, o prefeito João Campos acabou se reconciliando, ao menos publicamente, com a prima, conforme informou com exclusividade o blog de Jamildo.

Ela havia pulado para o Solidariedade.

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