Depois de dois anos vagando pelo mar, o ex-porta aviões São Paulo, batizado de navio fantasma nos últimos anos, foi afundado nesta tarde de sexta-feira, ignorando possíveis riscos ambientais para a costa pernambucana.
O destino final do navio foi decidido no final do ano passado, quando o governo do Estado impediu a atracação da embarcação em Suape, considerando alegações de riscos ambientais com amianto transportado pelo navio.
A recusa abriu uma guerra jurídica na Justiça Federal em Pernambuco.
Leia Também EXCLUSIVO: Estado de Pernambuco diz que AFUNDAMENTO de PORTA AVIÕES traz grave risco de dano ambiental A ameaça já havia sido feita em uma nota oficial conjunta do Ministério da Defesa, Advocacia-Geral da União e Marinha do Brasil.
Segundo a Marinha, a área para a destinação final do casco, situada em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 Km da costa e com profundidade aproximada de 5 mil metros, teria sido selecionada com base em estudos conduzidos pelo “Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira”.
Leia Também Ibama questiona Marinha sobre afundamento do porta-avião São Paulo e pede estudo de impacto ambiental Justiça federal atende Ibama e proibe empresa de abandonar porta aviões da Marinha no litoral de Pernambuco “As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca eecossistemas”, afirma. “O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pelaMarinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômicaao Estado brasileiro”. “A Marinha do Brasil presta legítima reverência ao ex-Navio Aeródromo “São Paulo”.Barco que abriga alma beligerante perpetuada na mente de homens e mulheres que guarneceramseus conveses, dignos servidores da Marinha Nacional Francesa e da Marinha do Brasil, sob a égidedas tradições navais e de elevado espírito marinheiro”, divulgou-se.