De acordo com informações extra-oficiais, confirmadas pela Marinha do Brasil nesta sexta-feira, o porta-aviões São Paulo, da Marinha, que estava costeado no litoral de Pernambuco, proibido de atracar no Porto de Suape, desde o ano passado, começou a se mover para águas internacionais.

A embarcação estaria a cerca de 200 quilômetros da costa, já em águas internacionais.

Nesta sexta, o GPS da embarcação aponta que o navio estaria indo rumo à Africa do Sul.

O navio está agora distante 335 quilômetros da costa pernambucana, de acordo com acompanhamento do Greenpeace.

Leia Também Justiça federal atende Ibama e proibe empresa de abandonar porta aviões da Marinha no litoral de Pernambuco Não há informação de decisão judicial mais recente sobre o caso.

A capitania dos Portos do Recife também não prestou informações oficiais.

Somente nesta sexta-feira, a Marinha se posicionou oficialmente, confirmando as informações do blog, nesta quinta.

Segunda a Marinha, o casco está em condições precárias, por isso não pode se aproximar de águas interiores nem atracar em portos nacionais, pois há um risco grande de um naufrágio.

Na semana passada, o Ibama havia informado que a empresa contratada para o frete havia ameaçado afundar a embarcação, alegando que estava suportando custos elevados com combustível e rebocadores, sem uma definição da Justiça Federal.

A entidade entrou na Justiça, que proibiu o navio de cumprir a ameaça.

Leia Também NAVIO FANTASMA: advogado explica que empresa não pode abandonar embarcação NAVIO FANTASMA: Empresa ameaça abandonar embarcação no litoral de Pernambuco ENTENDA O CASO Em novembro de 2022, a 9ª Vara impediu a embarcação de atracar no Porto de Suape.

Em dezembro de 2022, a representante brasileira da empresa turca (MTZ Inteligência Portuária Ltda) recorreu da decisão, mas o Tribunal Regional da 5ª Região (TRF5) manteve o entendimento da JFPE.

Leia Também Lula já esteve a bordo do porta-aviões São Paulo, que briga na Justiça para atracar no Porto de Suape; veja o registro Casco do antigo porta-aviões partiu do Rio de Janeiro em agosto e vaga pelo Oceano Atlântico desde então.

A imagem mostra o movimento que faz próximo ao Porto de Suape - DIVULGAÇÃO JFPE proíbe abandono de ex-porta aviões na costa pernambucana No dia 11 último, a 9ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) decidiu que a empresa estrangeira MSK Maritime Services, representada no Brasil pela Karpowership Brasil Energia, se abstenha de abandonar o casco do ex-porta aviões ex NAe São Paulo, que se encontra na costa pernambucana.

A tutela antecipada acata pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), tendo sido pessoalmente intimado, ontem, para cumprir a decisão, o comandante do rebocador oceânico Alp Guard, responsável pelo comboio.

Ainda na decisão, o juiz federal Ubiratan de Couto Maurício acrescenta que as empresas devem adotar medidas para restabelecer o comboio e assegurar sua flutuabilidade, até a destinação adequada do ex-porta aviões.

Complementando, as empresas não poderão movimentar a embarcação em direção às águas internacionais sem autorização do Ibama ou da Marinha do Brasil. “O abandono do casco de tão grande porte, ficando à deriva, compromete, efetivamente, a segurança da navegação marítima.

Além disso, há o risco de dano ambiental, de proporção incalculável, que induvidosamente sobrevirá do desgaste gerado pelo abandono, visto que a embarcação contém amianto e material contendo amianto, estimado em cerca de mais de 9 mil toneladas”, complementa o magistrado.

Consta que a empresa citada, situada nas Ilhas Marshall, teria comprado a embarcação de outra turca, a Sök Denizcilik Tic Ve.

O porta aviões pertenceu a Marinha do Brasil e possui 266m de cumprimento e altura aproximada de 70m.

Imagens de satélite mostram que navio está sendo rebocado por novo rebocador, o ALP Guard, na costa pernambucana - Reprodução MSK se pronuncia sobre o caso Por meio de uma nota curta, a MSK, empresa responsável pelo porta-aviões São Paulo, comentou sobre as informações publicadas nesta matéria.

A empresa alega que não recebeu nenhuma notificação por parte da Marinha.

Confira a nota abaixo: “Desde a renúncia da propriedade em favor da União não recebemos nenhuma notificação da Marinha.

E essa movimentação nos causa espécie”.