Cerca de 500 representantes das centrais sindicais, sindicatos, federações e confederações de trabalhadores se reunirão nesta quarta-feira (18), às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho.

No encontro, há expectativa de criação de um grupo de trabalho para reinstalar a Política de Valorização do Salário Mínimo.

Entre outros benefícios para a classe trabalhadora, as instituições defendem a regulamentação do trabalho por aplicativos e o fortalecimento da negociação coletiva. “Essa reunião com o presidente Lula e o ministro Marinho é de suma importância, diante da contrarreforma sindical que foi feita a partir das mudanças na legislação trabalhista, desde o governo Temer e, principalmente, no governo Bolsonaro”, disse Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), uma das lideranças participantes do encontro.

Bacelar disse que houve um movimento de asfixia dos movimentos sindicais durante esses últimos governos. “Houve a fragilização das entidades sindicais perante as negociações coletivas e organizações do MTE e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Essa reunião será crucial para o processo de fortalecimento da negociação coletiva e das entidades sindicais dentro de um estado democrático de direito.

Um movimento sindical forte e organizado ajuda no fortalecimento da democracia”.Esta será a primeira reunião oficial do conjunto das organizações sindicais com o presidente Lula e o ministro Marinho, e deve inaugurar uma agenda de encontros, em fase de elaboração, com autoridades do novo governo e parlamentares. “Um dos compromissos de campanha do presidente Lula foi a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo, que chegou a atingir, no seu segundo governo, valorização de 70%, a maior das últimas cinco décadas, representando importante instrumento de distribuição de renda.” “A Política de Valorização do Salário Mínimo, instituída no primeiro governo Lula, em 2003, foi descontinuada em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com isso, o Brasil tem hoje o segundo pior salário mínimo real entre 31 países, atrás, inclusive, de países vizinhos da América Latina, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”.