O deputado estadual e presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), Diogo Moraes (PSB), definiu o último domingo (08/01) como um ‘dia triste e infeliz’ para a história da política brasileira. “Nós que defendemos a democracia e somos a favor de direitos e da liberdade do povo brasileiro, ficamos chocados com esse acontecimento”, disse o parlamentar.
Diogo chamou as invasões às sedes dos poderes da República em Brasília, presenciado no último domingo, de ‘atos terroristas, promovidos por fascistas e pessoas sem legitimidade". “Nós condenamos qualquer tipo de ação contra a democracia, desta feita, invadindo as sedes dos poderes, quebrando e depredando o patrimônio público, como se isso fosse um ato que legitimasse qualquer tipo de protesto”, afirmou o mesmo.
Para Diogo, o objetivo dos atos era criar um caos institucional no país. “Uma parte minoritária da população brasileira, financiada por alguns que não tem coragem de mostrar a cara, queriam criar um caos institucional no país.
Nós da Unale somos contra qualquer ato terrorista e estamos à disposição do Governo Brasileiro”, destacou.
O deputado afirmou que vê com bons olhos a proposta de Reforma Administrativa apresentada pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB).
A proposta já está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco e Diogo acredita que contará com o apoio dos parlamentares. “É um governo que, nesse primeiro momento, temos que dar crédito e torcer para que dê certo.
Estamos vivendo um momento muito difícil no país e não queremos que Pernambuco entre em rota de colisão com o Governo Federal, que quer abrir as portas para as parcerias com estados e municípios”, disse, durante participação no programa Cidade em Foco da Rede Pernambuco de Rádios.
Oito em cada dez brasileiros desaprovam as manifestações de 08/01 em Brasília, aponta Ipsos 81% da população brasileira não aprova as manifestações de 8 de janeiro ocorridas em Brasília, que levaram à depredação das sedes dos três poderes. É o que indica uma pesquisa realizada pela Ipsos com 600 entrevistados, nas cinco regiões do país.
Apenas 18% dos participantes responderam que aprovam o ato e 1% não soube responder.
Responsáveis O levantamento também questionou os entrevistados sobre quem seriam os responsáveis pelos protestos.
Para 70% da população, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade pelos fatos.
Por outro lado, 39% dos participantes indicaram uma parcela de responsabilidade para o atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva.
Já o Supremo Tribunal Federal (STF) foi apontado por 48% dos respondentes.
Nesta questão, os entrevistados poderiam indicar mais de uma resposta, por isso a soma dos resultados é superior a 100%.
Afastamento do governador do DF O afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, também foi tema da pesquisa. 67% dos entrevistados afirmaram que concordam com a decisão de afastá-lo.
Já 20% das pessoas afirmaram que discordam da medida. 9% não tem opinião formada sobre o assunto e outros 4% não souberam responder.
Perspectivas de novos atos Sete em cada dez brasileiros (70%) demonstraram preocupação com a possibilidade de novos atos do tipo ocorrerem no país, enquanto 23% das pessoas não acreditam que eventos do tipo podem acontecer novamente e 7% não souberam responder.
Futuro do Brasil Por fim, a pesquisa questionou aos participantes sobre quais são os principais sentimentos em relação ao futuro do país. 61% dos entrevistados responderam que enxergam o futuro com preocupação.
Vergonha (36%), medo (34%), otimismo (33%) e revolta (24%) também foram opções mencionadas pelos brasileiros.
Nesta questão, os entrevistados também poderiam indicar mais de uma resposta, por isso a soma dos resultados é superior a 100%.