O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações sobre as denúncias de assédio sexual e moral na Caixa, praticados pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães.
O processo está sob sigilo e, portanto, não é possível confirmar se o ex-gestor é alvo de acusação formal ou se será condenado criminalmente.
Desde a divulgação das denúncias feitas por empregadas do banco, há quase sete meses, Guimarães e outros executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram condenações na Justiça.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) disse que acompanha de perto os desdobramentos do caso e pede a punição rigorosa aos autores. “Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os envolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, disse o presidente da Federação, Sergio Takemoto.
Em setembro do ano passado a Fenae solicitou ser assistente na ação do Ministério do Trabalho (MPT) que pede a condenação de Guimarães e da empresa.
A ação do MPT pediu a condenação de Pedro Guimarães ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres.
Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.
De acordo com a conclusão do MPT, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente.
Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano.
A partir da gestão de Pedro Guimarães, em 2019, até o dia 1 de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.