A candidata ao governo do Estado do Solidariedade, Marília Arraes, informou, nesta tarde, que apresentou, junto ao Ministério Público Eleitoral, notícia-crime contra a sua adversária neste segundo turno, Raquel Lyra, por suposta denunciação caluniosa.

Antes mesmo de começar o debate da TV Jornal, no esquenta realizado nas redes sociais do SJCC, o blog de Jamildo revelou o clima nos bastidores e antecipou a ação de Raquel Lyra na Justiça Comum.

Depois, a querela foi levada ao próprio debate.

Os advogados de Marília disseram que Raquel Lira teriam imputado falsamente a Marília os crimes de calúnia, injúria e difamação em interpelação judicial ajuizada na manhã desta terça-feira 25.

O pano de fundo da briga são peças publicitárias em que a campanha de Marília imputa a responsabilidade da tucana sobre as rebeliões e mortes em unidades da Funase, em 2012 e 2013.

A defesa de Marília ainda requer a instalação de inquérito policial.

Na notícia-crime contra Raquel Lyra, a defesa de Marília sustenta que a candidata do PSDB quer cercear a liberdade de expressão da candidata do Solidariedade. “Intentou-se, em verdade, lançar mão de uma mordaça autoritária com vistas a tolher o direito de crítica e o sacrossanto direito constitucional à liberdade de expressão, o que configura, em tese, a prática dodelito de denunciação caluniosa, descrito no art. 339 do Código Penal”, escvrevem na ação de 9 páginas. “As falas de Marília sobre o caso Funase não configuram crime de qualquer natureza, uma vez que são fatos amplamente divulgados pela imprensa.

Há, inclusive, falas de Raquel a respeito das péssimas condições das unidades de Abreu e Lima e do Cabo de Santo Agostinho e ainda que “a estrutura do sistema de socioatendimento aos jovens infratores ainda é falho no Estado”.

Os advogados afirmam que a campanha de Raquel Lyra tentou, ao provocar a Justiça, criar um fato político - já explorado nas redes sociais da candidata tucana. “A interpelação judicial foi ajuizada às 11h06 desta terça 25 de outubro para servir como fato político a ser utilizado por ocasião do debate promovido neste mesmo dia pela TV Jornal”. “Durante o período em que Raquel Lyra foi secretária estadual da Criança e da Juventude, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, nove rebeliões ocorreram em unidades da Funase, com sete assassinatos.

A Funase era subordinada à secretaria ocupada por Raquel”, afirma aq campanha de Maríilia Arraes.