Sem alarde, o governador Paulo Câmara marcou para o mês de novembro o evento oficial, de atração de um novo investimento estruturador para o complexo de Suape, em Ipojuca.

A brasileira OnCorp foi selecionada para construir um terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) no porto de Suape, em Pernambuco, que será usado pela multinacional Shell para fornecer gás natural importado à distribuidora estatal Copergás.

O porto controlado pelo governo do estado escolheu a OnCorp para instalar o terminal entre cinco licitações em concurso público.

O resultado da habilitação final saiu no Diário Oficial do Estado no dia 20 de setembro passado.

Mesmo com a devolução da autonomia de Suape, há um mês, o referido processo precisará passar pelo crivo da Antaq, do governo federal.

De acordo com informes já realizados no exterior, o projeto inclui uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) a ser localizada em um píer de uso misto existente no porto, o que deve resultar em uma construção mais rápida do que a construção offshore.

A OnCorp em sua proposta no ano passado disse que já tinha um contrato de arrendamento para um FSRU.

O projeto exigirá investimentos de R$ 220 milhões (US$42 milhões) e terá capacidade para importar 4mn-9mn m³/d de gás natural.

O governo pernambucano acredita que o terminal tem potencial para se tornar um polo de importação de GNL para o Nordeste do Brasil, e a Copergás planeja comercializar o gás do terminal para consumidores nordestinos.

A OnCorp planeja conectar o terminal à rede de distribuição de gás da Copergás.

No final de 2020, a Shell concordou em fornecer à Copergás 750.000 m³/d de gás em 2022 e 1 milhão m³/d em 2023.

A Shell tem um acordo com a OnCorp para usar o terminal.

O terminal também tem potencial para ser conectado à rede de transporte de gás da Transportadora Associada de Gás (TAG).

A OnCorp concordou em pagar R$ 6,3 milhões ao governo do estado para arrendar o píer por 48 meses.