O Instituto Sou da Paz manifesta sua irrestrita solidariedade aos policiais federais Marcelo Vilella e Karina Lino Miranda de Oliveira, feridos enquanto cumpriam decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, que revogou a prisão domiciliar do ex-deputado federal e ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson.

Também são absolutamente inaceitáveis os ataques misóginos proferidos por Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal.

Ainda, é inacreditável que mesmo cumprindo pena de prisão domiciliar, o agressor tenha em sua posse o armamento que usou contra policiais no exercício do seu dever legal.

Informações preliminares mencionam mais de 20 tiros de fuzil disparados e duas granadas lançadas contra os agentes.

Não se pode ignorar que este episódio grotesco se produziu a apenas 7 dias do segundo turno das eleições presidenciais.

Neste momento, não se pode aceitar outra conduta que não seja a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito.

Esperamos que os policiais feridos se recuperem plenamente e que o império da lei seja restabelecido de imediato.

Instituto Sou da Paz Defensoria Pública da União (DPU) Caso Roberto Jefferson: DPU emite nota sobre ataque a forças policiais A Defensoria Pública da União (DPU) vem a público expressar consternação com os recentes fatos divulgados na imprensa, que informam ataques promovidos pelo sr.

Roberto Jefferson contra forças policiais no regular cumprimento do dever legal.

Além de atentar contra homens e mulheres que apenas exerciam suas funções estabelecidas em lei, o ataque representa grave afronta ao Estado Democrático de Direito e incitação à violência contra instituições democráticas.

Portanto, a Defensoria Pública, como expressão e instrumento do regime democrático, repudia a ação, presta solidariedade aos policiais feridos e espera a apuração das responsabilidades envolvidas.

O Grupo de Trabalho Mulheres, da Defensoria Pública da União, vem a público manifestar veemente repúdio aos ataques misóginos e machistas dirigidos contra a ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia.

O discurso de ódio tornou-se um subterfúgio ardiloso, vil e recorrente no período eleitoral que tem como consequência a proliferação de atos discriminatórios e violência contra as mulheres.

Esses atos não encontram respaldo na liberdade de expressão, violando a Constituição Federal, as leis e os tratados internacionais de direitos humanos para prevenir, punir e erradicar a violência contra a Mulher.

A DPU reafirma o apoio à excelentíssima ministra do STF, para que ela continue exercendo a judicatura sem ataques dessa natureza.