O PSB, depois dos aliados da Frente Popular (PDT, PC do B e PR e do próprio PT de Pernambuco), acaba de se manifestar sobre o segundo turno em Pernambuco, nesta sexta-feira.

Por meio de uma nota oficial, o partido afirmou que pode rumar com Marília Arraes, caso a opção seja a alternativa indicada pelo presidente Lula.

A definição cria uma situação inusitada.

Eternamente satélite do PSB em Pernambuco, nestes 16 anos de hegemonia do PSB, o PT agora deixa de ser rabo de baleia e assume a dianteira no processo político, com a mudança na correlação de forças. “…em Pernambuco, defendemos e indicamos, no segundo turno das eleições para o Governo do Estado, a candidatura que for apoiada pelo presidente Lula e que simbolize esses valores”, afirmou Sileno Guedes, presidente do PSB de Pernambuco.

Neste começo de tarde, o PT de Pernambuco realiza uma coletiva de imprensa para anunciar apoio a Marília Arraes.

Ela aparece ao lado do senador Humberto Costa, do PT.

A campanha conjunta começa no Derby, com bandeiraço. “Estamos aqui olhando para a frente, para o futuro de Pernambuco”, disse Humberto Costa.

Mais cedo, a senadora eleita Teresa Leitão foi visitada pelos petistas e Marília, uma vez que ela está em casa recuperando de uma cirurgia na perna.

PT foi com Marília na casa de Teresa Leitão.

Na campanha, trocaram farpas - Tiago Calazans/Divulgação Recusou convite do PT Na metade do ano, na pré-campanha, Marília Arraes já havia humilhado o PSB depois de ter recusado a oferta de sair candidata ao Senado pela Frente Popular.

O PT e o PSB faziam restrições ao seu nome, mas aceitaram recuar diante da possibilidade da então petista sair do PT e reforçar a oposição, o que de fato ocorreu.

Mesmo com o gesto, a deputada federal espirrou do PT e foi para o Solidariedade, criando um palanque duplo para Lula no Estado de Pernambuco. “Que brinde…Leve Lula e ganhe Paulo Câmara”, faz pilheria fonte do blog, em reserva.

Veja a íntegra da nota do PSB “O Brasil enfrenta grave crise política, social e econômica. É a maior desde a redemocratização.

O momento exige de todos, sociedade civil e partidos políticos, o esforço para construir uma frente ampla pela democracia, pelos direitos sociais e pelo desenvolvimento inclusivo do país”. “O primeiro gesto nesta direção foi dado pelo PSB ainda no início do processo eleitoral de 2022, quando se buscou a formação de uma frente conjunta em torno da candidatura do presidente Lula e de Geraldo Alckmin.

Essa foi a unidade reconhecida pela maioria dos brasileiros no 1º turno das eleições presidenciais”. “Em Pernambuco, o PSB traz um importante legado de transformações nos últimos 16 anos.

O estado soube mudar a sua matriz econômica, com a implantação do polo automotivo e petroquímico, além do aporte de 70 indústrias nos mais diversos setores”. “A educação passou por uma verdadeira revolução com o aumento do ensino superior, a universalização do ensino integral e as 60 novas escolas técnicas, que nos fizeram saltar de uma das piores colocações do país para tornar Pernambuco uma referência nacional.

Tudo isso, junto com outros avanços importantes na segurança, com novos hospitais e equipamentos de saúde e com programas sociais como o Chapéu de Palha, o Mãe Coruja e o 13º do Bolsa Família”. “As mudanças iniciadas chegaram para ficar e colocam Pernambuco em um novo patamar, com as contas públicas equilibradas e recursos em caixa. Êxitos que contribuem para a unidade política das forças democráticas no estado e no Brasil e que abrem caminho para uma sucessão segura e responsável para o Governo Estadual, fazendo valer o legado de luta e de história da Frente Popular”. “Apesar de todos os esforços, não foi possível a vitória nas urnas do candidato apresentado pelo PSB.

Sabendo respeitar a decisão popular – e entendendo a alternância de poder manifestada pelos pernambucanos como um fator natural do processo democrático –, o partido informa que seguirá na defesa incondicional da chapa Lula-Alckmin, que expressa a aliança do PT e PSB na defesa da democracia e da Constituição Federal”. “Nesse sentido, em Pernambuco, defendemos e indicamos, no segundo turno das eleições para o Governo do Estado, a candidatura que for apoiada pelo presidente Lula e que simbolize esses valores.

Sileno Guedes, Presidente do PSB de Pernambuco” Marília Arraes e Teresa Leitão voltaram a ser as melhores amigas - Tiago Calazans/Divulgação Marília Arraes recebe o apoio de Teresa Leitão A primeira senadora eleita do Estado, Teresa Leitão, declarou, nesta sexta, 7, seu apoio à candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes.

Aos 70 anos, Teresa está em seu quinto mandato na Assembleia Legislativa e se elegeu no último domingo com 2.061.276 votos, o equivalente a 46,12% dos votos válidos.

Teresa e Marília se reencontraram na casa da senadora eleita, antes do anúncio oficial do apoio do PT à candidatura da neta de Miguel Arraes.

A senadora se recupera de uma cirurgia no fêmur, fraturado em um acidente na véspera do primeiro turno das eleições.

Participaram do encontro o senador Humberto Costa, os deputados estaduais Doriel Barros (presidente estadual do Partido dos Trabalhadores) e João Paulo Lima e Silva, o deputado federal Carlos Veras, além dos dirigentes da legenda no Estado Sérgio Goyanna e Pedro Alcântara. “Nós estamos do mesmo lado: o lado de Lula, o lado da democracia, o lado do Nordeste, o lado de quem cuida dos que mais precisam.

Vamos vencer as eleições porque não há mais espaço para neutralidade.

Lugar de governadora não é em cima do muro”, disse Marília, ao lado de Teresa. “Marília é Paulo Câmara na veia” Recentemente, o blog noticiou a participação de Raquel Lyra durante o debate realizado pela TV Globo no dia 27 de setembro.

Sua principal rival na disputa, Marília Arraes, não compareceu ao debate, e Raquel comentou sobre a ausência da canddidata.

De acordo com as regras do debate, foi permitido que fossem feitas perguntas aos candidatos ausentes, e, em uma desses questionamentos, Raquel lembrou que o candidato a vice de Marília, Sebastião Oliveira era o “secretário responsável pelas péssimas estradas de Pernambuco” e que seu candidato ao Senado, André de Paula, era conhecido como o “secretário das obras inacabadas”.

Em tom de ironia, Raquel fala que “Marília é Paulo Câmara na veia”, afirmando a similaridade do projeto defendido por Marília com o governo do PSB.