No debate realizado nesta quinta-feira (29) pela TV Jornal Recife, um dos temas predominantes foi transporte coletivo.

Mais do que mesmo emprego ou segurança pública.

O candidato ao governo do estado, Miguel Coelho, do União Brasil, afirmou que foi o único candidato que enfrentou o problema, tirando uma empresa que mandava nos ônibus de Petrolina há quatro décadas e melhorando o serviço oferecido à população.

Ele disse que os outros candidatos tiveram a oportunidade como prefeitos ou secretários e nada fizeram.

No ar, Miguel prometeu que, assim como fez como prefeito de Petrolina, vai enfrentar velhos interesses como governador do estado.

Justiça vê fraudes e anula licitação de ônibus de Petrolina “Qual foi o último prefeito ou governador que enfrentou e peitou os donos de empresa de ônibus?

Fui eu.

Fui ameaçado de morte, meu secretário levou quatro tiros, recebi ameaças na minha casa e no meu trabalho, mas não voltei atrás.

Fui para cima e troquei a empresa de ônibus.

Botei frota nova, boa parte dela com ar-condicionado, wi-fi e elevadores de acessibilidade, e diminuímos a tarifa em 20 centavos", comentou, sem se referir à decisão recente da Justiça de Petrolina de suspender a licitação, de 2019. “É ir contra velhos interesses.

Aqui tem candidata que a família é dona de empresa de ônibus, sabe que tentam se apegar de todo jeito para não perder isso.

Mas quando se tem pulso, coragem, atitude, a gente quebra esses vícios”, disse o candidato do União Brasil.

Miguel disse que o caos no transporte público exige do próximo governador liderança para construir parcerias. “Um governador que tenha atitude, liderança e a grandeza do nosso estado.

Vou estadualizar o metrô, integrar com ônibus e BRTs, acabar com a tarifa do Anel B”, garantiu, acrescentando que pretende implantar a tarifa por demanda, em que o usuário paga pela distância percorrida.

O ex-prefeito de Petrolina disse que com a mudança de governo, a população poderá acreditar num novo transporte público para os próximos anos. “O problema de Pernambuco se chama PSB e a falta de liderança e atitude”, afirmou.

Na mesma linha, o candidato do PTB, pastor Wellington, linha auxiliar de Bolsonaro na campanha, sugeriu que Raquel Lyra não teria independência, caso eleita, porque a família dela opera empresas de ônibus, no interior.

Antes de citar a decisão recente da Justiça contra Miguel Coelho, em Petrolina, ela respondeu ao adversário do PTB. “Não é o senhor que vai dizer isto… combinado com quem quer que seja”, aludiu ao trabalho de linha auxiliar de Anderson Ferreira, novamente ausente em um debate.

Raquel também prometeu estadualizar o metrô do Recife, se eleita. “Não tem conflito de interesse algum, o transporte aqui é metropolitano, vou chamar a responsabilidade, vou conversar com o governo federal sobre o Metrô e tomo de conta”, disse.

Raquel criticou a ausência de Marília No debate promovido pela TV Jornal, Raquel Lyra, disse que lamentava, mais uma vez, a postura da candidata Marília Arraes, que não participou de nenhum debate neste primeiro turno.

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