O debate ocorreu nesta segunda-feira (26) e foi promovido pela TV Guararapes.

Os postulantes Marília Arraes e Anderson Ferreira não compareceram.

A equipe da tucana se apressou em informar que ela foi a única mulher a participar de todos os debates e disse que a candidata ao Governo do Estado, Raquel Lyra, “mostrou mais uma vez que é a mais preparada” para, a partir de janeiro de 2023, assumir o Palácio do Campo das Princesas.

Na Tv, Raquel disse que há mais de 15 meses vem viajando todo o estado, e falou sobre as dificuldades enfrentadas pela população, inclusive “pernambucanos que não têm o que comer”. “Superar as desigualdades sociais será uma das prioridades do governo.

Para isso, vamos criar o programa Mães de Pernambuco, onde vamos oferecer 300 reais para mães com filhos de até seis anos que estejam na linha da pobreza, bem como o Bom Prato Pernambucano, com restaurantes fixos e móveis, ofertando refeições a um preço simbólico de 2 reais.

Alinhado a isso, vamos oferecer qualificação profissional, desburocratizar abertura de empresas e abrir 60 mil vagas de creche, com cinco refeições diárias”, disse.

Sobre o transporte público, Raquel afirmou que “depender do metrô é uma via crucis”. “Nós vamos liderar todo o planejamento de transporte metropolitano. É papel, sim, da governadora de Pernambuco, de aliar, junto a todos os prefeitos da Região Metropolitana, um plano de desenvolvimento integrado que não faça uma cidade lutar com a outra, mas enxergar os cidadãos como um povo só.

Vamos investir no transporte público de qualidade, que garanta integração com o metrô e chamar a responsabilidade do metrô para si e não terceirizar o problema”, afirmou.

A candidata disse que investimentos para atender as pessoas que moram nas áreas de risco, como morros e encostas, também foram apresentados, para evitar que tragédias provocadas pelas fortes chuvas voltem a acontecer.

A candidata reforçou que é muito importante que se comparem trajetórias, em um momento tão crítico para Pernambuco. “Me preparei para cada passo que dei na minha vida.

Fui prefeita de Caruaru duas vezes, deputada estadual também por duas vezes, secretária da Infância e Juventude, delegada da Polícia Federal e procuradora do estado.

Transformei vidas em Caruaru e vou transformar a vida de todos os pernambucanos e pernambucanas", concluiu.

Raquel Lyra voltou a convocar a candidata Marília Arraes para discutir Pernambuco frente a frente. “Essa é uma eleição de mulheres.

Mas é preciso ter coragem, firmeza, e se fazer presente.

E para isso, Marília, eu espero você amanhã na outra TV”, disse Raquel, referindo-se ao debate da TV Globo. “Todos nos atacam porque sabem que estaremos no 2º turno”, afirma Danilo Depois do debate da TV Guararapes, na noite desta segunda-feira (26), Danilo disse que os demais adversários fizeram ataques à sua postulação por não terem propostas concretas para o estado.

O socialista disse que essas posturas, na verdade, denotam que todos sabem que ele estará no segundo turno, “com apoio e confiança do maior líder popular do Brasil”. “Vocês acompanharam.

Todos nos atacaram.

Nós aqui fomos atacados por todos os lados.

Sabe o que é isso?

Todos eles sabem que a gente vai estar no segundo turno.

A nossa campanha, de fato, pegou.

Lá atrás a gente dizia que precisamos fazer esse diálogo com Pernambuco, falar da nossa história, das nossas propostas e do futuro.

E é isso que eu vim fazer aqui”, disse Danilo, no debate.

CONTRADIÇÕES DE MARÍLIA E MIGUEL Durante o debate da TV Guararapes, Danilo criticou novamente as ausências dos oponentes Marília Arraes e Anderson Ferreira.

Ele destacou que a candidata do Solidariedade perdeu a quinta oportunidade para apresentar suas ideias para Pernambuco. “Ressalto ainda que a chapa da nossa adversária é composta por um “ajuntamento” que sempre votou contra os trabalhadores”, referindo-se aos candidatos Sebastião Oliveira (vice) e André de Paula (senador). “De acordo com o DIAP, eles votaram 100% contra os trabalhadores. É esse o ajuntamento que representa a chapa de Marília”, disse.

Sobre o adversário Miguel Coelho, Danilo cobrou explicações a respeito da doação financeira feita pelo empresário Emival Caiado, acusado pelo Ministério do Trabalho por envolvimento em esquema de trabalho análogo à escravidão.

O socialista disse que o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho, ex-líder do governo Jair Bolsonaro, tentou retirar o nome do empresário da “lista suja” do governo federal. “Coincidentemente, Emival doou R$ 600 mil em recursos para as campanhas de Miguel e dos irmãos Fernando Filho (deputado federal) e Antônio Coelho (deputado estadual)”.