O candidato a governador Danilo Cabral (PSB), quase como um mantra, voltou a ligar a adversária Marília Arraes ao Orçamento Secreto do governo Jair Bolsonaro, durante o debate na Rádio Jornal, nesta terça-feira (13).

O socialista disse que a adversária cadastrou R$ 3,6 milhões de recursos públicos “sem qualquer tipo de transparência”. “Eu estou como deputado lá (no Congresso Nacional) esse tempo todo e nunca acessei esse Orçamento Secreto por ter críticas a ele.

Na verdade, é uma apropriação de um recurso que pertence ao povo brasileiro e está sendo distribuído de forma questionável para atender interesses de deputados.

Há denúncias de uso para cooptação de parlamentares para aprovar propostas que são contra o povo brasileiro”, afirmou Danilo.

Os questionamentos a Marília foram reforçados pelo candidato João Arnaldo, do PSOL, que considerou o esquema como “o maior escândalo de corrupção do Brasil”.

Como aconteceu com o debate em Carauru, o PSOL funcionou como espécie de linha auxiliar.

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Não foi à toa que ele é o rei do ‘Orçamento Secreto’ e pegou mais de R$ 300 milhões, segundo o Jornal Folha de São Paulo.

Explica isso aí e por que não gastou da maneira como deveria ter gastado.

Pegou R$ 300 milhões e não investiu R$ 1 em saúde de Petrolina”, apontou Danilo.

A fala ocorreu logo depois de Miguel Coelho tentar escapar da polarização Lula e Bolsonaro, ao afirmar que não queria ser eleito governador para chaleirar nenhum presidente.

Votações no Congresso Danilo Cabral também voltou a questionar as faltas da candidata do Solidariedade durante votações de pautas do bolsonarismo no Congresso Nacional, como a liberação de armas e refinanciamento de dívidas do FIES e “se as ausências dela se deram em função de ter acessado os recursos”. “Eu fico indagando se foi por isso (orçamento secreto) que Marília deixou de participar da votação do fura-fila da vacina, da votação do projeto de liberação de armas, a principal pauta do bolsonarismo, e do projeto de refinanciamento das dívidas do FIES dos estudantes.

Ou seja, será que foi por isso que Marília deixou de votar tudo isso?", questionou o candidato do PSB.

JOÃO ARNALDO O candidato João Arnaldo destacou no debate que, em função da liberação de recursos no Orçamento Secreto, diversas políticas públicas federais estão sofrendo cortes no financiamento, a exemplo da Farmácia Popular e custeio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). “Eu lamento a ausência dos candidatos aqui, seja o candidato de Bolsonaro, seja de Marília, que, nessa eleição, abandonou as origens da esquerda e se juntou com que tem de pior na direita bolsonarista.

Eles (André de Paula e Sebastião Oliveira) votaram em todos os projetos de Bolsonaro no Congresso Nacional", criticou o postulante do PSol.

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